Reforma Tributária: Governo comemora aprovação da PEC, com "mãozinha" da oposição
- Instituto Democracia e Liberdade
- 9 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
As duas votações no Senado pareceram combinadas, com placar de 53 x 24 favorável ao texto

Ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira, votou a favor da PEC - Agência Senado
Na linguagem futebolística, as duas sessões de votação no plenário do Senado de quarta-feira (8) podem ser comparadas a uma jogada ensaiada.
Isso porque tanto no primeiro como no segundo turno, a principal casa legislativa aprovou por 53 votos a favor e 24 contra, a Proposta de Emenda à Constituição 45/2019 que altera as regras do sistema tributário nacional.
Com a conclusão desta etapa, a PEC agora seguirá seu rito obrigatório, com o retorno do texto à Câmara dos Deputados. O motivo da nova apreciação da matéria se deve às alterações sofridas sob a relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Em um resumo básico, os impostos atuais em âmbito federal (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) devem ser convertidos para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), impondo uma alíquota superior a 27%, tornando-se, assim, a maior entre todos os países que adotaram esse sistema tributário.
Já os atuais ISS e ICMS darão lugar ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) em âmbito estadual. Por sua vez, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) irá absorver a dupla PIS/Cofins exportação.
A proposta ainda prevê a entrada em campo do IS - o Imposto Seletivo, apelidado pelo governo Lula de “Imposto do Pecado”, que extinguirá o IPI.
A ideia por trás da criação desse tributo é “punir” bens e serviços classificados como nocivos à saúde. O espectro do IS, contudo, irá abranger diversos itens que escapam da ideia original.
Reforma Tributária na versão do governo Lula
A promessa do governo é de que a reforma não trará aumento da carga tributária. Na prática, entretanto, a própria Câmara já criticou o texto tramitado pelo Senado que aumentou o número de regimes especiais.
Com a leva de isenções distribuídas por critérios debatidos sem um maior aprofundamento, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já admite que consumidores e empresários deverão sofrer as consequências no bolso.
Outro ponto controverso - e que provou racha, inclusive, entre opositores ao governo - é a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR). O fundo será composto pelo Conselho Federativo formado por representantes de estados e municípios. Eles definirão como os recursos dos impostos serão aplicados.
Confira a lista dos Senadores que votaram favorável à PEC 45
Senadores do MDB
Alessandro Vieira
Confúcio Moura
Eduardo Braga
Fernando Dueire
Fernando Farias
Giordano
Ivete da Silveira
Jader Barbalho
Marcelo Castro
Renan Calheiros
Veneziano Vital do Rêgo
Senadores do PDT
Leila Barros
Weverton
Senador do PL
Eduardo Gomes
Senadores do Podemos
Carlos Viana
Rodrigo Cunha
Styvenson Valentim
Zequinha Marinho
Senador do PP
Ciro Nogueira
Laércio Oliveira
Senadores do PSB
Ana Paula Lobato
Chico Rodrigues
Flávio Arns
Jorge Kajuru
Senadores do PSD
Angelo Coronel
Daniella Ribeiro
Eliziane Gama
Jussara Lima
Lucas Barreto
Mara Gabrilli
Margareth Buzetti
Nelsinho Trad
Omar Aziz
Otto Alencar
Sérgio Petecão
Vanderlan Cardoso
Zenaide Maia
Senador do PSDB
Plínio Valério
Senadores do PT
Augusta Brito
Beto Faro
Fabiano Contarato
Humberto Costa
Jaques Wagner
Paulo Paim
Rogério Carvalho
Teresa Leitão
Senador da Rede*
Randolfe Rodrigues
Senadores do União
Alan Rick
Davi Alcolumbre
Efraim Filho
Jayme Campos
Marcio Bittar
Professora Dorinha Seabra
*(O senador Randolfe Rodrigues se desligou da Rede Sustentabilidade, porén seu nome no painel de votação ainda aparece ao lado do partido.
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