Enquanto Haddad mira nos concursos, ministra da Gestão tenta proteger os servidores públicos
Haddad e Dweck: divergências na reforma - Agência Brasil/EBC
O governo Lula decidiu começar as reformas pelo caminho inverso. Justificando “caráter de urgência”, a Câmara dos Deputados se apressou para votar e aprovar a PEC 49/2019, que prevê uma série de “maldades” contra a cadeia produtiva, em especial, o setor de serviços.
Enquanto o texto tramita no Senado Federal, entretanto, já se fala em colocar em prática a reforma administrativa - a que o próprio Rumo Econômico já citou como de real urgência, mas que deveria ter antecedido à tributária.
A intenção de reorganizar a estrutura do inchado estado brasileiro, entretanto, não deve chegar nem perto do necessário. Com aumentos constantes de cargos no setor público, além de 38 ministérios, o governo federal já antecipou que a reforma administrativa não promoverá mudanças significativas.
PT x PT
Sem ao menos começar a tramitar no legislativo, o texto da proposta de reforma no setor administrativo federal aparenta ser, na verdade, uma ducha de água fria nos pagadores de impostos. Isso porque o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, adiantou que a reforma não prevê corte de custos, mas “melhoria dos serviços”.
"A reforma administrativa é importante, mas seu primeiro objetivo é o de melhorar a eficiência dos serviços ao cidadão”, anunciou Durigan.
A expectativa de mudança também antecipou um debate dentro do próprio governo petista. Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer revisar as contratações por concurso público, a ministra da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck, só pensa em proteger os servidores.
Haddad afirmou que os “concursos são mal feitos e realizados de forma enviezada”.
Já Esther Dweck afirmou que a reforma administrativa só “pensa em punir o funcionalismo”.
“O projeto que está no Congresso sugere uma perda de estabilidade, com um foco muito grande em punir os servidores”, reclamou.
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