Manutenção da taxa de juros pelo Federal reserve ainda mostra esperança de ‘pouso suave’
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As pressões inflacionárias subjacentes tiveram redução importante nos últimos meses, no entanto, analistas apontam que o "monstro" da inflação americana ainda não é um problema do passado.
A uma taxa anual de 3,1% em novembro, a inflação ao consumidor apresentou desaceleração, porém, ainda está distante dos 2% definidos pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, como meta.
Mediante o último pico do índice, que registrou 9% junho de 2022, o cenário atual aparenta certo alívio, reforçado pela resiliência da economia do país, que apesar de uma longa sequência de elevações na taxa base de juros, mostra a força de consumo dos EUA, aliado a uma taxa de desemprego em números ainda aceitáveis.
Para Jim Lacamp, vice-presidente sênior de investimentos do Morgan Stanley, o país ainda não "esmagou" a inflação porque o governo Biden continua alimentando um pesado acúmulo de gastos públicos, prática que segundo ele não tem previsão de ser abandonada no próximo ano, tendo em vista que 2024 é um ano eleitoral e extremamente decisivo. Segundo alerta o executivo, quanto maior a dívida do Estado, mais a inflação é alimentada, apesar da recente tendência de queda nos preços ao consumidor.
Grupos de economistas continuam alertando para um potencial risco de recessão da economia americana, e isso, desde que o Fed iniciou sua empreitada na elevação da taxa de juros de forma mais agressiva, sendo que agora, algumas áreas-chave do mercado já começam a dar sinais de alerta, refletindo na inadimplência das famílias e na redução de residências adquiridas, apesar de pela terceira reunião seguida o Fomc manter a taxa base de juros entre 5,25% e 5,5%, na esperança de que ao invés de uma recessão, a abordagem adotada pelo Fed, produza o esperado "pouso suave".
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