Petróleo e impostos preocupam economistas e tornam o cenário econômico brasileiro instável
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O cenário econômico para os próximos meses é de indefinição, mesmo que no Brasil, a gasolina mantenha os preços do combustível em um patamar na casa dos R$ 5, o foco do mercado externo volta-se para o conflito no Oriente médio.
Em outubro, o preço da gasolina teve queda de 1,53%, o que ajudou a refrear a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 0,24%, segundo dados divulgados na última sexta-feira (10).
É válido lembrar que em 2022 o combustível chegou a ser comercializado no Brasil na faixa dos R$ 7, valor diretamente influenciado pelo início do conflito entre Rússia e Ucrânia, e que foi amenizado pela decisão do governo Bolsonaro pela redução do PIS/Cofins a zero, aliviando a pressão sobre o bolso do consumidor. Hoje, além dos conflitos na Faixa de Gaza, há inúmeras dúvidas quanto à demanda mundial por combustíveis perante as incertezas sobre a economia chinesa e sobre a continuidade da elevação dos juros americanos, fatores que impactam toda a atividade global.
Outro fator importante a ser observado, é a oferta de petróleo apontada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), tendo em vista que apenas nos últimos meses, cortes de produção anunciados pela organização chegaram a trazer o preço do barril à casa dos US$ 94. No Brasil, caso o preço do petróleo venha novamente a índices semelhantes ou superiores em 2024, não se poderá contar com redução de impostos, muito pelo contrário, pois os estados já anunciaram aumento do Imposto sobre Operações e Serviços (ICMS) para o próximo ano (12,5% nas alíquotas).
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