Produtores gaúchos afirmam que os supermercados voltarão a contar com estoque de arroz em 30 dias
Os principais representantes dos produtores de arroz do Brasil voltaram a praticamente implorar ao Ministério da Agricultura e Pecuária que cancele imediatamente as importações do produto. As entidades também solicitaram o fim da alíquota zero da tarifa de importação (a Tarifa Externa Comum) para três tipos do cereal.
Tanto a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) como a Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul (Fearroz) e o Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiarroz) afirmam que a interferência do governo irá reduzir o estímulo para o plantio, além de aumentar os custos para o agricultor, resultando em reajuste imediato de preços ao consumidor.
“Solicitamos novamente a não intervenção do governo no mercado”, afirmou o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.
“Já explicamos ao governo que o que ocorre são problemas logísticos e de emissão de nota fiscal e não de oferta de arroz, pois o que houve foi um gargalo momentâneo. A tendência é que em 30 dias as condições para o abastecimento de arroz estejam normalizadas, ressalta.
Apesar de não ter ainda respondido às críticas sobre a importação, o governo Lula aparentemente deve manter a agenda para a compra do cereal no exterior.
“Não há jogo de divergência entre produtores e o governo, mas precisamos dar resposta à população e olhar o Brasil como um todo. Há uma corrida desenfreada na busca de arroz por conta de fake news e de oportunidades descabíveis de lucro”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Cotação do arroz dispara no mercado
Logo após o anúncio de que o governo iria manter as importações de arroz, a cotação do cereal disparou no mercado nacional. A média de preços ao produtor foi de R$ 112,69 para R$ 120,45 entre os dias 13 e 24 de maio. A alta registrada no mês é de 13,9%.
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