Liquidez global pode estar comprometida
Crédito da imagem: José Dias/PR
A publicação dos resultados negativos da inflação norte-americana levou o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, a reforçar na última quarta-feira (10), que os números devem mudar a perspectiva anterior de corte nos juros dos EUA para a direção oposta, e como resultado, a liquidez global pode ser comprometida no processo.
Embora a previsão não seja animadora, Campos Neto ponderou em sua fala que o efeito da política monetária não será sentido de forma mecânica no Brasil, ou seja, segundo ele, faz-se necessário observar a influência desses dados em relação aos fatores de risco, como também às variáveis da economia doméstica.
Mesmo mediante resultados inflacionários negativos na economia americana, o presidente do Banco Central do Brasil enfatiza ainda que em contrapartida houve a divulgação de resultados positivos quanto à inflação dentro do Brasil e que isso é de fato uma boa notícia.
Segundo publicado pelo IBGE, a desaceleração inflacionária no mês de março em terras brasileiras aponta certo alento, tendo a taxa em 12 meses apresentado um patamar inferior a 4% pela primeira vez desde julho do ano anterior.
O mesmo fenômeno foi constatado quanto ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que sofreu uma elevação de 0,16% em março e fechou abaixo da previsão da pesquisa Reuters, que era de avanço em 0,25% no mês.
Atualmente, a previsão quanto ao momento em que será iniciado o ciclo de cortes de juros na economia americana é incerto, deixando em suspense todo o mercado global.
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