População jovem em queda também é fenômeno no Brasil, aponta IBGE
No início de 2020, países como Itália, Rússia e França já alertavam para a queda brusca das taxas de natalidade de suas populações. Até mesmo Vladimir Putin achou necessário escancarar a crise.
“(a taxa de natalidade atual) não é o suficiente para o nosso país. Temos de ajudar os mais jovens, aqueles que querem uma vida familiar e sonham com ter filhos”, declarou o líder totalitário a respeito da taxa de 1,48 por cada mulher russa registrada antes do auge da pandemia de covid-19.
Passados quatro anos, o problema só aumentou, levando a preocupação para a igreja católica. No mês passado, o papa Francisco chegou a apelar para que os jovens voltassem a ter filhos, em especial no continente europeu.
"O nascimento dos filhos é o principal indicador para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, significa que há pouca esperança. E isto não só tem repercussões do ponto de vista econômico e social, mas prejudica a confiança no futuro”, declarou o pontífice.
Em queda desde 2014, o número de nascimentos na Itália atingiu um mínimo histórico em 2023, com cerca de 379 mil nascimentos - queda de 34,2% em relação a 2008.
O mesmo problema referente à redução dos nascimentos atingiu em cheio a Espanha, fenômeno que já afeta os cálculos para reposição do mercado de trabalho e reservas para a previdência social.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, a taxa de natalidade espanhola caiu para o nível mais baixo desde o início da série histórica em 1941. Isso representou o nascimento de apenas 322 mil bebês - 2% a manos em relação a 2022.
Brasil se aproxima da Europa - de forma negativa
Em um país onde a esquerda governante é favorável ao avanço da interrupção da gravidez, a queda das taxas de natalidade e o aumento da população de idosos já é comparável ao patamar da União Europeia.
Segundo o Censo de 2022 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a proporção de brasileiros com 65 anos ou mais chegou a 10,9%. Para efeito comparativo, no final da década de 1970 a proporção era de apenas 4%. Em contrapartida, a pesquisa mostrou que a população de 0 a 14 anos caiu para 19,8% do total em 2022.
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