Fenômeno foi impulsionado em resultado às sanções contra a Rússia
O economista-chefe da agência de classificação de crédito S&P Global, Paul Gruenwald, declarou nesta terça-feira (11) durante uma conferência promovida pela empresa, em Londres (UK), que o poder do dólar americano como moeda global está menor, e que o efeito já é visível.
Após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia e em consequência das medidas restritivas ao dinheiro russo correspondentes a bilhões de suas reservas, iniciaram uma movimentação em massa de vários países em direção à realização de negociações comerciais concretizadas em moedas alternativas ao dólar. Junto a este efeito, outro fenômeno percebido em larga escala, é a repatriação destes países às suas reservas de ouro.
Para Gruenwald, a moeda americana já não tem mais “a atração que costumava ter”, e reforçou que agora, existe uma “fragmentação nas bordas”, o que abriu espaço para uma maior adesão tanto a moedas como a chinesa yuan, quanto para financiamentos baratos ofertados por bancos da China como Banco de Investimento em Infraestrutura da Ásia e o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido até pouco tempo como banco dos BRICS. Em sua visão, embora o dólar permaneça como uma das moedas mais proeminentes do mundo, em breve, ela já não será mais a principal.
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