Pela terceira vez consecutiva, Receita Federal registra a entrada de menos impostos, apesar da volta do PIS/Cofins
Crédito da imagem: Agência Brasil/EBC
As últimas três apurações feitas pela Receita Federal sinalizaram o óbvio: o eventual aumento da carga tributária que deverá chegar, caso o texto da reforma seja mantido como, não evitará a retração na arrecadação de impostos.
Segundo o mais recente levantamento realizado pelo órgão ligado ao Ministério da Fazenda, o resultado de agosto apontou 4,1% de queda na entrada dos tributos federais em relação a agosto de 2022, chegando a R$ 172,78 bilhões. A perda das receitas não resistiu nem mesmo ao retorno do PIS/Cofins, que rendeu ao governo R$ 2,1 bilhões.
Queda no preço das commodities
Alguns analistas justificam a perda de arrecadação em virtude da queda no preço das commodities, como o petróleo. Os números referentes a agosto, entretanto, não traduzem ao pé da letra a explicação.
Para o Banco Central, os reajustes dos combustíveis que começaram em agosto e devem se prolongar nos próximos meses, tiveram um impacto de aproximadamente 0,40% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Na prática, o aumento do litro da gasolina e do diesel nos postos deveriam alimentar ainda mais a arrecadação de impostos no período.
Perda geral
Já em relação ao acumulado de impostos e contribuições arrecadadas entre janeiro e agosto, o governo Lula também acumula perdas em relação ao mesmo período de 2022.
Nos 8 primeiros meses de 2023, a Receita Federal contabilizou R$ 1,53 trilhão (valor corrigido pelo IPCA), contra R$ 1,54 trilhão no ano passado.
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