Apesar da derrocada chinesa, pesquisa indica “pouso suave” para economia global em 2023
Na esteira do Evergrande Group, a chinesa Country Garden Holdings anunciou perdas equivalentes a US$ 7 bilhões no primeiro semestre deste ano. Com a divulgação do balanço, a maior companhia de construção imobiliária privada do país dá fortes indícios de que a economia chinesa deverá seguir a tendência de desaceleração nos próximos meses.
Apesar da típica falta de transparência da China na divulgação de dados a respeito de sua real conjuntura, os números apresentados pela Country Garden Holdings já podem servir de alerta para o Brasil.
Com menos investimentos no setor imobiliário, os chineses poderão cortar de forma significativa suas importações de ferro. A redução, além de afetar as exportações, também deve gerar reflexos negativos na arrecadação final brasileira.
Segundo pesquisa conduzida pelo Bank Of America entre 222 administradores de fundos, 32% dos entrevistados apontaram o mercado imobiliário chinês como ponto de maior preocupação sobre os destinos da economia global. A turbulência no setor superou os cases econômicos de Estados Unidos e União Europeia, que tentam vencer ainda os desafios inflacionários iniciados na pandemia.
Apesar de apontarem a China como fator de desequilíbrio, cerca de 75% dos entrevistados pelo Bank Of America apostam em um “pouso suave” para a economia do planeta em 2023.
No caso dos EUA, o fator mais significativo seria uma debandada dos investidores dos mercados emergentes para o norte-americano, em virtude da alta de juros que deverá ser mantida pelo Federal Reserve, além da melhora no mercado de trabalho.
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