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Queda da China Evergrande deve gerar forte impacto na economia brasileira

Sem poder aderir a um plano de reestruturação, incorporada acumula dívidas e assusta acionistas em todo o mundo

Crédito: Bolsa de Valores de Hong Kong


Investidores que detêm US$ 6 bilhões em ações da China Evergrande Group fizeram um alerta: caso a gigante do mercado imobiliário chinês não chegue a um acordo de reestruturação, as demais incorporadoras do país podem sucumbir financeiramente, como um efeito-dominó.


Além disso, as consequências de uma derrocada da China Evergrande podem afetar diretamente o Brasil, que tem os asiáticos como maior parceiro no comércio exterior.


Na semana passada, o mundo observou com espanto a decisão de entidades reguladoras do governo não admitirem que a China Evergrande aderisse a um plano de reestruturação. O primeiro passo para renegociar seus débitos seria um financiamento de US$ 19 bilhões.


Logo após o anúncio do fracasso do acordo, as ações da China Evergrande afundaram, sendo negociadas a 10 centavos de dólar. Desde setembro, aliás, a venda dos papéis da companhia foram canceladas na Bolsa de Valores de Hong Kong


Efeitos drásticos no Brasil


Fundada em 1996 por Hui Ka Yan na cidade de Guangzhou, a China Evergrande tem uma extensa carteira de clientes. De acordo com o mais recente balanço, a incorporadora atua hoje em mais de 1.300 obras distribuídas em 280 cidades chinesas.


Em virtude do colapso do setor imobiliário, grande parte dessas construções se encontra paralisada.


No início de agosto, o governo Lula previa que as exportações de ferro para a China iriam ultrapassar a marca de US$ 90 bilhões. Quase um mês depois, vieram as más notícias. Com a confirmação de quase 7% de queda dos lucros da indústria chinesa, o indicador deu indícios de que a economia do país se encontrava em um processo mais avançado de desaceleração.


Mais do que para europeus e norte-americano, a queda da China Evergrande pode representar prejuízos históricos para o Brasil. Segundo a Câmara de Comércio Exterior, 30% do total dos embarques para o exterior foram para os chineses entre janeiro e julho deste ano.





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