Combustível que substitui o etanol de cana-de-açúcar cresceu 800% desde 2018
Crédito: UNEM
Bem antes do uso abusivo da palavra 'sustentabilidade', o Brasil já se destacava na produção dos biocombustíveis. Aliás, a característica de se preocupar com a proteção ao meio-ambiente, sem deixar de focar na produção sempre caminhou lado a lado do agro nacional.
Esta saga começou com o Proálcool, um programa iniciado em 1975, e que experimentou pelo menos duas décadas de auge, graças aos incentivos à produção do etanol à base de cana-de-açúcar- e que refletiu com profundidade na indústria automotiva.
Quase 50 anos mais tarde, o etanol já não opera no mesmo patamar de sua era dourada. Entretanto, a produção do etanol à base de milho aparece hoje como uma alternativa eficaz, principalmente em virtude da escassez do açúcar no mercado global.
Produção disparou nos últimos 5 anos
Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a produção brasileira de etanol de milho deve chegar aos 6 bilhões de litros na safra 2023-2024. O prognóstico representa alta de 36% em relação ao ano passado e de incríveis 800% em comparação a 2018. O crescimento sem precedentes do setor levou o Brasil a ficar apenas atrás dos EUA no ranking de produtores.
Em contrapartida, o antes líder absoluto no setor de biocombustíveis, o etanol à base de cana-de-açúcar, não conseguiu mais recuperar o espaço perdido. Com a demanda em baixa, analistas acreditam que o combustível sofra com a queda nos preços. A estimativa do mercado varia entre 65%-68% nos preços do combustível nos próximos anos.
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