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Foto do escritorCarlos Dias

Privatizações suspensas causam ceticismo entre economistas

Retirada de sete empresas do PND divide opiniões sobre impacto na taxa de juros

O Programa Nacional de Desestatização (PND) iniciado no governo Bolsonaro (PL), sofreu baixas importantes neste mês de abril, e com isso, cresce a pressão sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que ocorrerá em alguns dias. Até lá, economista de todo o país discutem o impacto das medidas recém adotadas pelo governo Lula quanto ao recuo das privatizações sobre a decisão do Bacen.


Para boa parte dos analistas, embora as privatizações não solucionem todos os problemas de caixa do governo e sejam em sua maioria projetos demorados a realizar, são também uma alternativa válida adotada pelo governo anterior e que farão falta aos cofres públicos nos próximos anos, o que deve forçar um aumento de impostos e consequentemente maior inflação.


Embora o novo arcabouço fiscal recentemente encaminhado ao Congresso Nacional tenha temporariamente acalmado os ânimos do mercado, elevando novamente os números da bolsa de valores e fazendo uma parte dos analistas acreditarem que o recuo nas privatizações não definirão a questão das taxas de juros, problemas como o déficit nas contas públicas e o nível da dívida continuarão a pressionar a Selic para cima e exigirão do Banco Central um posicionamento firme. Do outro lado, resta ao Ministério da Fazenda, que trabalha para a concentração da economia no Estado, adotar medidas de ampliação do dreno de recursos privados, que substituam de forma satisfatória o valor que a União deixará de arrecadar por meio das vendas das estatais.

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