Ministério do Planejamento diverge de números do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
Embora o Banco Central ainda sustente a atividade econômica - muito graças à mão mais pesada do presidente Roberto Campos Neto e sua política monetária - os sinais vitais da conjuntura nacional já dão sinais de debilidade.
De acordo com dados de registro do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, o país computou perdas em torno de 400 mil empresas no primeiro semestre. O pior segmento apurado foi o da indústria, que confirmou o cancelamento de 25 mil CNPJs entre janeiro e junho de 2023.
Em dados exatos, foram extintas 427.934 empresas entre janeiro e junho, sem contar os dados do Micro Empreendedor Individual (MEI).
Por sua vez, o governo Lula oferece um número completamente oposto. De acordo com a pasta comandada por Tebet, segundo o Mapa de Empresas, com dados fornecidos pela Receita Federal, juntas comerciais e cartórios, o saldo entre janeiro e junho foi positivo em 211 mil, com abertura de 483.204 CNPJs e encerramento de 270.550.
As disparidades dos números ganham ainda mais força quando são analisados os pedidos de recuperação judicial (medida tomada pelas companhias para evitar a falência). Segundo o Serasa Experian, houve alta de 55,8% nos sete primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022,
O destaque negativo ficou para julho, quando foram apresentados 102 pedidos de recuperação judicial - alta de 82,1% sobre julho de 2022.
Outro aspecto de alerta para o rumo econômico brasileiro aparece nas contas do governo federal. Em julho, o déficit primário bateu na casa dos R$ 35,9 bilhões, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Os números, segundo o órgão, foram os piores desde 2020, quando os efeitos da pandemia levaram ao saldo recorde negativo de R$ 109 bilhões. Já no semestre, o rombo de R$ 77 bilhões já superou os ganhos do mesmo período de 2022, quando as contas fecharam no positivo em R$ 78,8 bilhões.
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