Antônio Costa pediu demissão, após MP divulgar detalhes sobre suposto envolvimento em contratos com empresas de mineração e de combustível
Lula e Antonio Costa - Agência Brasil
A esquerda portuguesa sofreu um duro golpe, após a confirmação do pedido de demissão do primeiro-ministro do país, António Costa - um antigo apoiador de Lula - confirmado na tarde desta terça-feira (7). Costa e outros integrantes do governo são investigados pela suspeita de irregularidades em contratos para a exploração de lítio e do combustível sustentável do momento, o hidrogênio verde.
Logo após o anúncio da renúncia, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa decidiu convocar os líderes dos partidos que compõem o parlamento português (Assembleia da República) para discutir sobre a eleição que irá definir o substituto, A reunião deve acontecer nesta quinta-feira (9) no Palácio de Belém às 15h (Horário de Lisboa).
Ministério Público de Portugal explica o caso António Costa
O Ministério Público Federal português emitiu uma nota oficial, apontando detalhes da investigação sofrida pelo agora ex-premiê Antônio Costa por suspeita de corrupção. Segundo o MP, Costa e membros de seu gabinete estariam envolvidos em contratos superfaturados, enquadrando políticos e assessores em casos de corrupção ativa e passiva, além de tráfico de influência.
A entidade confirmou ainda 40 operações de busca e apreensão em diversos espaços do governo, incluindo as salas usadas pelo chefe de gabinete e pelo primeiro-ministro. As investigações apuram supostas relações criminosas com empresas que exploram as minas de lítio Romano e Barroso e desenvolvem uma usina de hidrogênio limpo.
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