Jerome Powell disse que os números recentes ainda não são suficientes para baixar a guarda dos juros nos EUA
Jerome Powell - Federal Reserve
O rigor do Federal Reserve para o controle da inflação ainda está bem longe de terminar. A informação foi confirmada pelo próprio presidente da instituição, Jerome Powell, que comanda a política monetária dos Estados Unidos desde 2020.
Embora os números inflacionários tenham caído pela metade desde que atingiu seu ápice em junho deste ano, o FED deve insistir em um controle minucioso para atingir a complexa meta de 2% ao ano. Segundo os prognósticos do órgão, o indicador deve fechar 2023 com alta de 3,3% - 1,3 ponto porcentual acima do desejado pelo Banco Central norte-americano.
“Alguns meses com dados positivos representam somente o começo do que deve levar para construir a confiança de que a inflação, realmente, está em trajetória de queda”, explicou Jerome Powell em evento no Economic Club de Nova York.
Política de Juros
No discurso de quinta-feira (19), Jerome Powell destacou que as repetidas altas da taxa de juros não danificaram o setor produtivo dos EUA. Isso inclui mercado de trabalho e gastos dos consumidores, que têm mantido a estabilidade apesar de 11 altas consecutivas.
O presidente do FED, contudo, não descartou novos reajustes e ainda apontou que as incertezas do mercado - como o conflito em Israel - podem influenciar para a tomada de decisões daqui em diante.
Em setembro, o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros de referência entre 5,25% a 5,5% ao ano - a maior dos últimos 22 anos.
Confira o discurso completo do presidente do FED neste link
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