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Por que reverenciar o Dia do Exército?


Voltando a 1648, em Guararapes, no atual estado de Pernambuco, vivíamos um momento delicado: europeus pretendiam se apoderar de algo que não lhes pertencia. Surge então um punhado de tupiniquins (brancos, negros e índios, sem o famigerado “mi-mi-mi do século XXI”) que resolveram abraçar a causa pátria e defendê-la com unhas e dentes, independentemente de uma indiscutível inferioridade quantitativa e qualitativa.


“(...) nos conjuramos e prometemos, em serviço da liberdade, não faltar a todo o tempo que for necessário, com toda ajuda de fazendas e de pessoas, contra qualquer inimigo, em restauração de nossa Pátria (...)”


Após 1822, não faltaram desejos de fatiar o jovem Brasil nas chamadas Guerras da Independência, quando o jovem Duque de Caxias garantiu a unidade da Pátria e promoveu a pacificação das províncias revoltosas. Diferentemente da então América espanhola, conseguimos manter um gigante territorial, mas que, lamentavelmente, ainda convive com desigualdades colossais nos dias atuais.


A seguir, veio a Guerra da Tríplice Aliança no final do mesmo século XIX (1864/1870), o maior conflito armado ocorrido na América Latina, com a participação vitoriosa das nossas tropas, proporcionando logo a seguir novos momentos históricos para o Brasil: a abolição da escravatura (1888) e a proclamação da república (1889).


Já em meados de 1944, partia para os desconhecidos campos italianos a “desacreditada” Força Expedicionária Brasileira (FEB), com o objetivo de lutar, ao lado de exércitos aliados, pela liberdade e pela democracia. Agora liderados pelo Marechal Mascarenhas de Moraes, os aproximadamente 25.000 vitoriosos Pracinhas ainda enchem de orgulho aqueles que hoje carregam a nossa Bandeira em seus uniformes. A cobra fumou!!!


A partir de então, tivemos destacadas participações em operações de paz, sob a égide da ONU e de outros organismos internacionais. Nossos “boinas-azuis”, incluindo o segmento feminino (aqui sim se vê o verdadeiro “empoderamento feminino”), estiveram presentes nos mais distantes rincões do planeta, do Timor-Leste ao Haiti, de Suez a Angola, obtendo o reconhecimento internacional pelo elevado desempenho na solução de conflitos, inclusive assumindo postos de comando em várias missões, o que trouxe prestígio para a própria política externa brasileira.


Adentramos em nosso território, e não nos faltam exemplos positivos atuais.

Na região Norte, a Operação Acolhida, reconhecida internacionalmente, permite acolher irmãos venezuelanos que fogem de uma ditadura trasvestida de “paz e amor”, além de operações reais e diuturnas e ações cívico-sociais que levam o Estado brasileiro a áreas longínquas da nossa Amazônia, que a maioria dos brasileiros só conhece por meio de bancos escolares (isso se a educação não for “paulofreiriana”).


No Nordeste, uma tal Operação Carro Pipa, que de emergencial só carrega no nome, pois se arrasta há décadas, permite ações de apoio às atividades de distribuição de água potável, um bem mais do que básico, às populações atingidas por estiagem e seca na região do semiárido e do norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Como testemunhei em 2019, é triste e revoltante receber o agradecimento de uma senhorinha por ter água para poder lavar os seus cabelos, nem que seja uma vez por mês.


No Centro-Oeste, operações permanentes na faixa de fronteira contra crimes transfronteiriços, contrabando e descaminho, e ações de preservação do riquíssimo bioma Pantanal colocam os Soldados de Caxias, em atividades interagências, em uma luta quase que inglória de segurança nacional.


Já no Sul e no Sudeste, não há como deixar de elogiar o apoio das tropas à sociedade quando da ocorrência de desastres e calamidades. Chega a ser até engraçado (se não fosse trágico) que tais “fenômenos” ocorrem periodicamente e nos mesmos locais, tudo por total falta de políticas públicas sérias em todos os níveis que deveriam se contrapor a esses episódios.


Mas olhando para a nossa Constituição Federal, o Exército é uma instituição nacional e permanente. Como toda e qualquer instituição, ele se posiciona acima das pessoas, que são passageiras. Momentos difíceis ocorreram, ocorrem e ocorrerão, o que nos conduz a olhar para a frente, invocar o espírito de Guararapes, e ter fé que dias melhores virão.


Reverenciar, sim; desistir, jamais!!!


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