Setor de serviços foi o mais forte
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial da indústria na China marcou 51,9 pontos em março de 2023, mediante 52,6 registrados em fevereiro. Os dados oficiais põem dúvidas quanto à força de recuperação do setor industrial do país pós-Covid, principalmente, mediante o cenário de tensão dos mercados globais e a desaceleração também do setor imobiliário.
O destaque de crescimento foi para o setor de serviços que obteve no corrente mês a mais rápida expansão em quase 12 anos, especialmente após o fim da política “Covid zero” em dezembro de 2022, e que resultou em impulsionamento dos transportes, acomodações e construção.
Os dados foram publicados pela Agência Escritório Nacional de Estatística que tem como 50 o ponto de corte que separa a expansão da contração da atividade industrial, que é avaliada mensalmente, o que mostra a pontuação atualmente alcançada pelo setor em perigosa proximidade ao limite desejado.
Entretanto, o número de 51,9 superou ligeiramente a expectativa de economistas consultados pela Reuters em pesquisa recente, o que levou à valorização do yuan perante o dólar.
Para os economista do Nomura, em nota recentemente divulgada, os números são considerados positivos, pois em sua avaliação, os dados sugerem que a economia chinesa chegou a um “ponto ideal” ao fim das políticas de Covid zero e de aperto imobiliário. Todavia, acreditam que a explosão de crescimento pode não durar muito, justamente devido à incerteza do cenário econômico internacional.
Os custos operacionais das empresas ainda são altos, a demanda tímida, o acesso ao capital restrito, e portanto, as bases para que a recuperação aconteça precisam ser ainda estabilizadas, é o que alega a agência de Estatística em comunicado.
Para Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management, "O forte impulso provavelmente continuará nos próximos meses, já que o índice de novos pedidos para o setor de serviços continuou a subir".
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