PF derruba narrativa e prende acusados de traficar mais de 43 mil armas
- Instituto Democracia e Liberdade
- 7 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
Operação começou em 2020 e desmantelou quadrilha que comercializava armas no Brasil via Paraguai

Taurus
Devastada por decretos e portarias do governo Lula, a Taurus - maior fabricante de armas e munições do país - deve encerrar 2023 com mais de 330 demissões em seu quadro de colaboradores. A situação para 2024 também não prevê dias melhores para a empresa.
Um dos fatores cruciais do delicado momento do setor é explicado pelo conjunto de medidas e declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) que traz a seguinte narrativa: parte da culpa pelo avanço da criminalidade no Brasil se dá hoje pela venda de armas registradas por Colecionadores de armas e praticante de tiro desportivo e caça - os CACs.
Apesar de nunca ter sido comprovada, a teoria tem sido literalmente desmontada pela Polícia Federal (PF) - corporação, a propósito, comandada desde janeiro pelo recém-indicado ao STF, Flávio Dino.
Embora parte da mídia ainda classifique como “suspeito”, um grupo formado por 19 contrabandistas foi preso sob a acusação de promover o maior esquema de tráfico de armas no Brasil. A operação da PF começou em 2020 e contou com apoio de autoridades de Paraguai e Estados Unidos.
Contrabandistas de armas atuavam na fronteira entre Brasil e Paraguai
De acordo com as investigações iniciadas no governo Bolsonaro, a quadrilha comprava armas de fabricantes no leste europeu, como Croácia e Eslovênia para revendê-las a grupos como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital. O dinheiro das operações seguia para os EUA, onde era lavado por doleiros e laranjas, e depositado na conta dos fabricantes europeus.
Essas armas chegavam somente mais tarde às mãos das facções no Rio de Janeiro e São Paulo por meio de mulas (intermediários), que faziam as transações na região da Tríplice Fronteira, principalmente no Paraguai e Brasil.
Ao todo, acredita-se que o grupo liderado por Diego Hernan Dirísio tenha negociado mais de 43 mil armas com o crime organizado.
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