Recém-empossada, Magda Chambriard disse que explorar a região é "fronteira a ser perseguida"
Após tomar posse como sucessora de Jean Paul Prates na Petrobras, a nova presidente da estatal, Magda Chambriard, falou à imprensa sobre seus planos à frente da petroleira. O ponto central da entrevista coletiva foi a ratificação de que a exploração de novos campos lidera a lista de prioridades da gestão da ex-presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo) do governo Dilma Rousseff (PT).
“Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser importadores, o que para mim está fora de cogitação”, declarou Chambriard.
"Temos novas fronteiras importantes a perseguir, dentre elas a questão do Amapá, na bacia Foz do Amazonas”, ressaltou a dirigente. “Esses assuntos têm que ser discutidos à luz da sua contribuição para a sociedade brasileira. Toda vez que a gente restringe essa discussão a uma instituição única a sociedade sai perdendo”, ratificou.
Magda Chambriard (foto) também lidou na coletiva com as corriqueiras “questões climáticas”. Ao ser questionada sobre o quanto a exploração de petróleo poderia ser nociva ao clima (inclusive, em relação às enchentes no Rio Grande do Sul), a presidente da Petrobras disse que isso “pode ocorrer por diversos fatores” e optou por afastar as atividades da estatal do problema. “Não vamos culpar o pré-sal”, afirmou.
Apesar da atual defasagem de preços dos combustíveis, Magda Chambriard também garantiu que nada irá mudar em relação à decisão de seu antecessor, Jean Paul Prates. O ex-presidente da Petrobras determinou o fim da paridade de preços com o mercado internacional em maio de 2023.
“Essa política reduziu os preços internos e garantiu estabilidade ao consumidor sem dar prejuízo à Petrobras”, declarou Chambriard.
Por fim, a dirigente garantiu que sua gestão será marcada pelo “equilíbrio”, com a promessa de atender aos interesses do governo Lula e de acionistas privados.
“A Petrobras é perfeitamente capaz de garantir retorno aos acionistas, sejam eles privados ou governamentais, da melhor forma, com muito empenho”, reiterou.
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