Petrobras: acionistas protestam contra mudança de estatuto da estatal
- Núcleo de Notícias
- 4 de dez. de 2023
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Apesar de parecer negativo do TCU, Conselho da Petrobras poderá ter políticos e até assessores comissionados

ivulgação
Apesar da posição negativa do Tribunal de Contas da União (TCU), a Assembleia Geral Extraordinária da Petrobras aprovou na semana passada, com quase 55% dos votos, a proposta que altera o Estatuto Social da estatal. Com a mudança consolidada, a empresa petrolífera adotou um novo sistema de nomeações de conselheiros que poderá gerar conflito de interesses.
Em detalhes, a alteração no estatuto deve permitir que o Conselho de Administração da empresa possa ser composto por ministro de estado, além de secretários estaduais, municipais e assessores comissionados.
Outra mudança configurada é o fim da quarentena obrigatória de três anos para quem atuou na esfera política. Esta cláusula, em específico, integra a Lei das Estatais, aprovada no governo interino de Michel Temer (MDB).
Petrobras deve se transformar em "braço do governo Lula"
Na visão do estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias, caso a alteração não seja derrubada no Supremo Tribunal Federal, a nova política da empresa poderá levar a Petrobras à perdas comparadas à época do Petrolão.
“A Petrobras deve se transformar, na verdade, no braço de expansão de projetos de governo”, aponta Dias. “Serão como PACs disfarçados, com investimentos que não só devem dificultar o caixa da empresa, como ampliar seus endividamentos.”, calcula.
Acionistas minoritários - além de investidores - também se manifestaram contrários à mudança de estatuto da Petrobras. A ação tem sido vista como prática de “ingerência política”, o que poderá danificar a imagem da empresa dentro e fora do Brasil.
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