Números foram publicados nesta quarta-feira (15)
A Genial/Quaest realizou uma pesquisa com 82 executivos do mercado financeiro no mês de março cujos resultados foram apresentados nesta quarta-feira (15) e apontaram um cenário preocupante para o governo federal. De acordo com os dados apresentados, 90% do mercado financeiro acredita que a política atualmente adotada pelo governo federal não poderá gerar sustentabilidade da dívida pública e 98% creem que essa política caminha na direção errada.
A pesquisa foi divulgada ontem pelo site ‘O Antagonista’ que levantou ainda outros números interessantes da pesquisa que foi nomeada “O que pensa o mercado financeiro”, como o nível de aprovação dos entrevistados quanto a decisão do Banco Central em manter a taxa básica de juros em 13,75% que é considerada pelo governo um número elevado, a aprovação dos executivos foi quase unânime, apontando para 95% de aprovação, sendo apenas 5% contrários à medida adotada por Campos Neto. Quanto ao valor da taxa em si, 59% afirmam que o número está no patamar correto, e 7% desejariam um número ainda maior.
Dentre os presidentes das instituições financeiras indicadas pelo Executivo, o campeão da rejeição é o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, recém indicado pelo governo Lula, com 98% de reprovação, enquanto o próprio Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro, tem apenas 2% de reprovação do mercado.
É notória a repulsa do mercado ao novo governo e a determinadas figuras que o compõem, especialmente o próprio presidente Lula (94%), seu indicado para a presidência da Petrobras, o petista Jean Paul Prates (85%), e o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que entre os mais rejeitados, foi o que teve os números menos alarmantes, com 66% de reprovação.
Embora 52% dos executivos consultados sejam esperançosos e tenham declarado que o atual Ministério da Fazenda pode ser classificado como regular, e 10% como bom, a realidade que salta aos olhos é a de que nove em cada 10 deles enxergam o atual governo de forma negativa.
Para qualquer governo equilibrado, números como esses seriam um grave sinal de alerta seguido por ações que caminhariam em uma direção oposta à adotada até o momento quanto às políticas econômicas. No entanto, dados assim parecem ser absolutamente ignorados pela cúpula petista, que permanece insistindo nas velhas políticas que levaram o país a derrocada durante anos a fio, sendo que até o momento, foram apresentados apenas promessas de redução dos gastos públicos por meio da adoção do PIB (Produto Interno Bruto) per capta como referência para a despesa pública, o que na prática, terá que provar sua eficácia.
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