Contribuintes americanos já financiaram quase US$ 183 bilhões desde 2022
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o impressionante montante de US$ 182,99 bilhões em ajuda ao governo ucraniano. O relatório mais recente do Inspetor-Geral do Pentágono, divulgado na última quinta-feira (14), detalha como esses recursos foram alocados.
Do total, cerca de US$ 131,36 bilhões foram destinados a atividades de segurança, incluindo US$ 46,51 bilhões para aumentar a presença militar dos EUA na Europa e US$ 45,78 bilhões para reposição de armamentos enviados à Ucrânia. Outros US$ 43,84 bilhões financiaram programas de governança, incluindo salários de servidores públicos ucranianos, enquanto US$ 4,08 bilhões foram direcionados a assistência humanitária.
Os EUA forneceram à Ucrânia um amplo arsenal militar, incluindo veículos de combate, munições, artilharia e equipamentos de demolição. O relatório destaca que os veículos de combate Bradley, preferidos pelas tropas ucranianas pela agilidade em campo, continuam a ser monitorados remotamente por especialistas americanos por meio de canais seguros.
Além disso, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) alocou US$ 3,9 bilhões em apoio direto ao orçamento ucraniano, como parte de uma suplementação de US$ 7,84 bilhões aprovada em abril de 2024. Esses recursos têm garantido o funcionamento do governo, incluindo salários de servidores, assistência a famílias de baixa renda e subsídios para moradia e utilidades.
Apesar do compromisso da administração Biden em apoiar a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", surgem incertezas sobre o futuro dessa política, especialmente diante da retomada da presidência por Donald Trump. O presidente eleito afirmou recentemente que buscará uma resolução rápida para o conflito, destacando a necessidade de evitar mais derramamento de sangue.
Por outro lado, autoridades russas classificam o conflito como uma guerra por procuração conduzida pelo Ocidente contra a Rússia, acusando os EUA de travarem essa batalha "até o último ucraniano". Apesar do suporte financeiro e militar massivo, Moscou segue determinada a alcançar seus objetivos na região.
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