Nos últimos anos temos observado no Brasil, um fenômeno preocupante: A passividade e permissividade da população, diante da implementação de medidas repressivas à liberdade de expressão, e ao contínuo uso seletivo de leis em benefício do regime autoritário.
Para entender esse comportamento de massas, é necessário analisar uma série de fatores que influenciam essa dinâmica no atual contexto brasileiro.
Uso do Medo e da Repressão
Governos autoritários frequentemente utilizam o medo como ferramenta de controle. No Brasil de hoje, a repressão violenta a oposição pelo atual governo tem criado um ambiente onde o poder legislativo se acha manietado e amordaçado, e a população teme represálias por expressar suas opiniões.
Concomitantemente no atual momento, a censura e a propaganda estatal, têm buscado limitar o acesso a informações alternativas encontradas nas redes sociais, dificultando a organização e a mobilização popular contra o regime pós era Bolsonaro.
Propaganda e Desinformação
Regimes autoritários invariavelmente utilizam a propaganda para moldar a percepção pública, e se apropriam da palavra “Democracia”, subtraindo sua verdadeira significância para todos, e promovendo uma imagem positiva do governo como defensor da democracia, demonizando opositores.
No Brasil, a desinformação é amplamente utilizada pelo segmento da grande imprensa, para confundir a população e criar divisões de classes e minorias, dificultando a formação de uma oposição coesa.
Manipulação do Sistema Legal
A aplicação seletiva da lei tem sido usada em desfavor da sociedade, para beneficiar o regime e punir opositores, criando uma sensação de injustiça e de desmotivação para resistir.
Os regimes autoritários frequentemente utilizam o sistema legal para legitimar suas ações, dificultando a contestação por parte da população, quando não se lhes opõe uma força nacionalista suportada por um poder militar armado.
Dependência Econômica
O governo tem utilizado fundos públicos já escassos, para oferecer benefícios econômicos ou sociais a certos grupos, e mais notoriamente oferece abertamente vultosos recursos através de medidas conhecidas com Emenda Parlamentares ao Bloco do Centrão dito de centro-esquerda em troca de apoio político, criando uma círculo vicioso que anula a dissidência, devendo ser observado que no Brasil os regimes que promoveram crescimento econômico ou melhorias nas condições de vida, ganharam a lealdade da população mesmo enquanto restringiam liberdades e garantias individuais.
Instabilidade Política e Econômica
A temeridade do momento é que o regime possa vir a implementar períodos prolongados de instabilidade política ou econômica, onde os brasileiros se tornem céticos em relação à eficácia da resistência, e se acomodem na estabilidade oferecida pelo regime, mesmo que às custas de perda de liberdades individuais.
A falta de engajamento político da população também pode ser resultado de uma sensação de impotência, ou de um cansaço generalizado em relação às lutas políticas dos seus legitimados representantes, considerados apenas aqueles com efetiva atuação política dentro do Congresso Nacional.
Atuação da Corte Suprema
Um fator adicional que contribui para a passividade da população é a atuação pouco previsível de uma Corte Suprema, alinhada com os detentores do poder político.
Quando a Corte Suprema se mostra despreocupada com a obediência aos princípios e preceitos estabelecidos na Constituição, passando a atuar de modo partidário, promove sua desautorização pela população tornando-se um ente legal, entretanto ilegítimo, perdendo a legitimidade e se enfraquecendo continuadamente, comprometendo sua idoneidade, esvaziando a confiança e a credibilidade pública no sistema judicial.
Esta parcialidade do poder judicial permite que decisões sejam tomadas para beneficiar o regime, em detrimento dos direitos individuais e da justiça, desmotiva ainda mais a resistência aberta da população, pelo temor de pesadas penas como observado por ocasião de movimentos populares de insatisfação acontecidos no último ano, que resultaram em desproporcionais penalizações a vândalos e inocentes, por crimes imaginados por uma corte, que se recusa a ver a única realidade observável neste movimento.
Normas Culturais de um povo
Contrariando valores seculares do povo brasileiro, vemos a imposição forçada de uma sociedade com valores coletivistas, em detrimento da iniciativa privada e das leis de mercado, priorizando a visão socialista, e a notória perda da estabilidade tida durante a presidência de Jair Messias Bolsonaro; isto em clara oposição às inspirações do povo brasileiro, e em prejuízo das liberdades já alcançadas e desejadas por todos.
Dependência de Programas Sociais
As limitações de conhecimentos derivadas do planejamento errático, e de modelos de educação pública e básica implantado pelos seguidos governos de esquerda, levados a cabo no período pós 1988, tem de sobremaneira limitado a capacidade de discernimento de grande parte da população, para perceber a real intenção e realidade que se apresenta no curto prazo.
Temos acima o fator primordial que tem conduzido significativa parcela da população das regiões norte e nordeste do país, a se acomodar na dependência de programas de assistência social, associada ao uso da máquina estatal para criar e manter nos cargos públicos, uma base militante de apoio leal ao governo.
Paralelos Internacionais
Claramente temos paralelos no Brasil, com o crescimento de regimes autoritários em países como a Rússia, China, Turquia e Venezuela, onde práticas de repressão à liberdade de expressão, controle da mídia, perseguição a opositores e manipulação do sistema legal são comuns, sendo essas estratégias utilizadas de forma corrente em todos esses regimes, para manter o poder centralizado e suprimir qualquer forma de resistência.
Educação e Conscientização
Promover a educação política e a conscientização sobre direitos e deveres cidadãos, ajuda a criar uma população informada e capaz de resistir a manipulações autoritárias. Observa-se ao longo dos últimos anos, como produto das políticas apregoadas nos diversos fóruns globalistas e progressistas, a promoção de revoltas e falsa proteção a minorias e etnias, acomodando forçadamente governos esquerdistas e socialistas em várias regiões do mundo.
Combinação de Fatores
A passividade e permissividade diante de medidas repressivas são influenciadas por uma combinação de medo, propaganda, dependência econômica forçada de programas sociais, normas que contrariam valores culturais seculares, e a negação do direito e do devido processo legal, um poder judiciário aparelhado como agente ativo da supressão das reações populares.
Papel das Forças Armadas
Nota-se que é fator indispensável para o estabelecimento do atual do estado de coisas, o aberto e ilimitado apoio do aparelho repressor do Estado, e a clara colaboração, por interesses ou omissão das forças armadas, outrora tidas como último bastião incorruptível para defesa das liberdades, hoje constituem fatores críticos, essenciais para a sobrevivência de regimes ditatoriais.
Fortalecimento das Instituições Democráticas
Notadamente se faz necessário fortalecer as instituições democráticas do país, apoiando e defendendo instituições independentes, como o judiciário contido nas suas atribuições, recuperação da imparcialidade esperada de uma mídia confiável e das organizações de direitos humanos. Isso é essencial para manter um sistema de freios e contrapesos que impeça os abusos de poder tão comuns no cotidiano do nosso país.
Reorganização da Sociedade Brasileira
A participação ativa em processos políticos, como votar, protestar pacificamente e se envolver em debates públicos, é crucial para garantir que a voz da população seja ouvida e respeitada.
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