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Pai da reforma tributária reclama de 'grupos' inconformados quanto a alterações no Imposto de Renda

'Ninguém que é beneficiado por distorções quer mudar o sistema', declarou Bernard Appy

Crédito da imagem: Washington Costa/MF


O secretário extraordinário da Reforma Tributária do governo Lula, Bernard Appy, declarou recentemente em entrevista que o Imposto de Renda hoje no Brasil está repleto de distorções, das quais aqueles que delas se beneficiam, jamais poderiam desejar abrir mão.


Para Appy, a proposta de reforma tributária que atualmente aguarda aprovação definitiva por parte do Congresso Nacional, criou um "um ambiente muito favorável" para a correção dessas tais distorções, mesmo que o governo tenha consciência de que há inúmeros setores da economia que usufruiriam de benefícios concedidos por essas distorções, setores esses que não deverão facilitar o caminho do governo federal e sua equipe econômica em direção a alterações radicais sobre seus próprios rendimentos.


Atualmente, a intenção do governo é realizar a partir do início de 2024 uma ampla reforma no Imposto de Renda, mediante a aprovação da reforma tributária ainda neste ano. A proposta do governo nessa segunda etapa visará elevar a tributação sobre os "mais ricos".


O problema prático dos objetivos do governo federal para os rumos econômicos do Brasil, é que embora a unificação da carga tributária nacional pareça uma solução positiva aos "desavisados", os moldes em que as alterações serão realizadas elevam ainda mais uma carga tributária, que historicamente, estrangula o empresariado nacional e culmina na implosão da economia do país, com elevados níveis de desemprego, baixo investimento, e consequentemente, uma inflação galopante.

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