Deputado Luciano Zucco já começou a coletar assinaturas para investigar a compra de arroz importado
A polêmica que envolveu o leilão para a importação de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - sob completa rejeição dos produtores do agronegócio - deve culminar com a abertura de investigações no Congresso Nacional.
A movimentação é uma iniciativa do deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), que já começou a coletar assinaturas para a criação da chamada “CPI do Arroz”.
Segundo Zucco, a participação de empresas cujo fim aparente não é o da importação de alimentos, e muito menos estão conectadas ao agro, pode ser um indício da ocorrência de fraude.
O caso que chamou mais a atenção do parlamentar foi o da companhia Wisley A. de Souza (confira o registro aqui), que opera um mercado de bairro em Macapá, no Amapá. A empresa foi a vencedora do leilão, e precisará gastar mais de R$ 700 milhões para adquirir o produto.
"Uma semana antes da realização do leilão a empresa possuía um capital social de apenas R$ 80 mil, totalmente incompatível com a garantia necessária para entrar na disputa”, destaca Zucco.
“Na véspera, esse capital foi convenientemente alterado para R$ 5 milhões. Temos um fato determinado e vamos a fundo nas investigações. Depois do Mensalão e Petrolão, podemos ter o Arrozão do PT", apontou Zucco.
A reação da Conab
Após o manifesto da oposição, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirmou que irá exigir a comprovação técnica e financeira das empresas que arremataram 263,7 mil toneladas de arroz importado na última quinta-feira. O presidente da entidade, Edegar Pretto, promete esclarecer as dúvidas em torno do leilão, com a comprovação da transparência da operação
“Transparência e a segurança jurídica são princípios inegociáveis, e a Conab está atenta para garantir segurança jurídica e solidez nessa grande operação”, afirmou o dirigente.
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