top of page

Oposição faz "cesta de 3 pontos" e garante isenção para carnes

No apagar das luzes da votação da regulamentação da reforma tributária, partido de Bolsonaro inclui carnes na alíquota zero

Destaque do deputado Rodolfo Nogueira (PL) garantiu as carnes da cesta básica

Minutos após a aprovação da PEC 45/2019 em novembro do ano passado, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) arriscou “profetizar” sobre a reforma tributária, que no apagar de luzes desta quarta-feira (10) teve sua regulamentação endossada pela Câmara através do Projeto de Lei Complementar 68/24:


“Eles (os senadores) perderam a oportunidade de olhar o modelo, se o modelo é válido”, analisou Bragança. “Eles resolveram aceitar o modelo, e fazer modificações no texto de um sistema centralizado que nunca iria dar certo. A verdade é que as emendas parlamentares foram pagas para que isso fosse aprovado de forma rápida. Todos iremos pagar um preço por isso”, ratificou o deputado, em entrevista a este repórter.


A abordagem do presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo continuou válida no decorrer de 2024, quando o mesmo ciclo vicioso emperrou no tempo célere em que os grupos de trabalho definiram sobre o que seria e o que não seria taxado.


Dito isso, no último segundo da etapa em que os destaques sobre o texto principal foram apreciados pela casa, os deputados se viram encurralados e não tiveram outra saída a não ser acatar a emenda do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). Por 477 a 3, a oposição colocou o governo Lula em saia justa ao garantir carnes, peixes e queijos na relação de alimentos com alíquota zero na cesta básica.


Governo afirma que isenção aumentará alíquota final


Pela regra “simplificada” da reforma tributária, o Imposto sobre Valor Agregado será composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). além do “Imposto do Pecado” (Imposto Seletivo). A partir de 2026, segundo o Ministério da Fazenda, os novos tributos tomarão o lugar das taxas atuais e devem colocar o Brasil entre os mais punidos pela cobrança de impostos. 


Com a isenção das proteínas, aliás, técnicos governistas afirmam que o benefício extra irá impor “mais 0,53 ponto percentual” na alíquota geral dos tributos.


A comprovação que a rapidez em definir, aprovar e votar as alterações do texto seria um erro - como já alertava o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança - aparece por toda parte no texto final, que segue agora para o Senado Federal.


No final das contas, itens de menor impacto para brasileiros de baixa renda - como perfumes (42% de IPI), aparelhos de ar-condicionado (redução entre 13% e 35%) e planos de saúde para animais domésticos (redução de 30%) - também foram agraciados com taxação menor. 


--

Leia todas as nossas matérias integralmente.

Assine o Rumo Econômico no link abaixo:

Comments


bottom of page