Representantes de Comércio e Serviços e da Agropecuária afirmaram que desonerar 18 grupos de alimentos na cesta é ato "miserável"
Deputados e senadores que atuam na Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS) e na Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA) afirmaram que irão trabalhar para alterar uma série de propostas apresentadas pela equipe econômica do governo para a regulamentação da Emenda Constitucional 132, que promete "simplificar" o sistema tributário brasileiro.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG) - que preside a FCS - adiantou que os grupos de trabalho tentarão acrescentar itens à cesta básica com alíquota zero. Para Sávio, a sugestão de apenas 18 grupos de produtos com alíquota zero “é miserável”.
"O Parlamento já deixou claro que defenderemos uma cesta básica ampla, que garanta condições nutricionais plenas e saudáveis. Agora o governo apresenta uma cesta que não tem uma proteína. Praticamente exclui todas as carnes, bovina, suína, de aves, de peixes. Só deixa ovo. É uma cesta miserável, um retrocesso em relação a que temos”, criticou.
Domingos Sávio ainda apontou que a equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda) decidiu combinar reforma tributária com uma política de distribuição de renda, o que, segundo o parlamentar, ficaria a cargo da Receita Federal no Imposto de Renda.
“Política de distribuição você faz com o imposto de renda e com a execução orçamentária privilegiando os mais pobres. Com isso concordamos 100%. Agora querer dar uma tributação diferenciada por renda é inaceitável”, lamentou.
Por sua vez, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu uma nota oficial com críticas às propostas governistas para a cesta básica.
"Reforçamos nossa posição sobre a desoneração da Cesta Básica, sem cashback, para famílias que necessitam de acesso à comida barata e de qualidade, como medida urgente e necessária para combater a inflação de alimentos”, escreveu a entidade.
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