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Oposição contesta "vitória" de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela

Contrariando pesquisas de boca de urna e atas de votação, Nicolás Maduro foi considerado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral

"La democracia soy yo"

Josef Stalin pode realmente não ter dito: “Não importa quem vota. O importante é quem conta os votos”. Apesar das controvérsias sobre a autoria da frase, a filosofia por trás da prática parece ter sido adotada com simpatia pelos agentes da ditadura venezuelana.


Isso porque, no final da noite de domingo, 28 de julho - não por coincidência, aniversário do ditador Hugo Chávez - o Conselho Nacional Eleitoral decretou mais uma vitória de Nicolás Maduro com 51,20%  do total - ou cerca de 5 milhões de votos válidos. O “triunfo eleitoral” de Maduro deve garantir ao integrante do Partido Socialista Unido da Venezuela mais 6 anos no poder.


O terceiro mandato do herdeiro autoritário do chavismo, aliás, acontece em meio a uma série de suspeitas apontadas pelos próprios cidadãos venezuelanos e por empresas independentes de pesquisas.


No final da tarde do domingo, por exemplo, a Edison Research divulgou uma pesquisa de boca de urna feita com 6.846 eleitores, apontando o opositor Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática) na liderança da corrida presidencial com 65% dos votos contra somente 31% a favor de Maduro. 


No final, o candidato que parecia ser o favorito acabou na segunda posição, com 4,4 milhões de votos. 


Transparência zero


Antes mesmo de as pesquisas demonstrarem que o governo ditatorial poderia cair após quase 30 anos (contabilizando a era Chávez), imagens postadas nas redes sociais revelaram que os cidadãos encontravam bloqueios e outras adversidades para poderem votar.


Sem a presença de observadores internacionais barrados por Nicolás Maduro, os capangas do ditador puderam agir com mais facilidade para impedir a fiscalização do pleito.


“As testemunhas não foram autorizadas a entrar no Conselho Nacional Eleitoral. Há um número significativo de centros de votação onde estão removendo nossas testemunhas. E isso é um padrão (nas eleições), denunciou uma das líderes opositoras, Delsa Solorzano. 


A falta de transparência no processo eleitoral também foi apontada por veículos da mídia internacional. A CNN apontou que diversas atas de votação apontavam a vitória com folga de Eduardo González Urrutia. Em uma delas, o opositor ao regime massacrou Maduro, com um placar de 326 votos a seu favor contra apenas 17 para o ditador.

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