Puxado pela queda da demanda nos Estados Unidos, preço do barril de petróleo resiste aos cortes de produção e bate em US$ 84
Brent em queda - Freepik
O preço do barril de petróleo vai subir ou descer? A gangorra da commodity - que ainda é a mais valiosa do mercado de energia - deve pender para cima, se depender dos principais países exportadores e aliados (Opep+) responsáveis pelo “termômetro” dos negócios globais.
Em recente comunicado, a organização elogiou os recentes cortes na produção promovidos pelo líder do mercado externo, a Arábia Saudita. Desde julho, o país do Oriente Médio tem limitado a extrair diariamente 1 milhão de barris, com o objetivo de não permitir que a cotação do ouro negro fique abaixo das expectativas.
Do lado eurasiano, a Rússia se comprometeu a trabalhar em regime de contenção. A promessa de produzir 300 mil barris por dia até dezembro foi confirmada pelo vice-primeiro-ministro, Alexander Novak. No caso russo, a redução não está ligada somente aos fatores de cotação, mas ao regime de guerra que o país se encontra desde fevereiro de 2022.
EUA ditam ritmo de queda do Brent
Apesar dos esforços empregados para regular o preço do barril Brent na casa dos US$ 90-93 nos últimos meses, a variação da commodity não chegou a bater nos esperados US$ 100 como apontaram analistas internacionais.
O grande motivo por trás da volatilidade do petróleo talvez esteja por trás da demanda dos Estados Unidos da América, que tem ficado aquém das expectativas.
Segundo dados do U,S Energy Information, os estoques caíram de 2,2 bilhões de barris para 414 milhões na última semana de setembro. Já o consumo de gasolina atingiu seu menor nível em 22 anos, segundo a J.P Morgan.
Por fim, a cotação do barril Brent - mesmo com os cortes Sauditas e da Rússia - registrou queda de 1,55% na quinta-feira (5), chegando aos US$ 84 às 18h15 (hora de Brasilia). Pelo visto, será preciso mais esforço concentrado dos produtores para que a commodity volte às suas mais potentes cotações.
Comments