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ONGs indígenas voltam a paralisar obras da Ferrogrão

Governo Lula cedeu à pressão de grupos indígenas e não prevê retomada dos trabalhos da ferrovia


Esqueleto da obra do Ferrogrão


Sob orientação de Organizações Não Governamentais (ONGs), um grupo de indígenas voltou a pressionar o governo Lula para que as obras de construção da ferrovia EF-170 - mais conhecida como Ferrogrão - voltassem à estaca zero. Após o protesto, o Ministério dos Transportes afirmou nesta semana que haverá novos debates envolvendo as partes interessadas antes da retomada dos trabalhos.


De acordo com o projeto original, a Ferrogrão deve percorrer uma rota de 933 quilômetros entre o Porto de Miritituba (PA) e o município de Sinop (MT). O governo Bolsonaro foi impedido em 2021 de iniciar oficialmente a construção da linha, após intervenção da deputada Sonia Guajajara do PSOL. O partido conseguiu uma liminar para suspender as obras junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.


Concebida em 2012, a Ferrogrão surgiu da necessidade de melhorar o escoamento da produção de grãos nos maiores produtores do Brasil, incluindo Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. A ferrovia otimizaria o custo do processo de logística atual, em que soja, milho e outros produtos são escoados pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá), em trecho de 2 mil quilômetros.

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