Dados foram apurados pela CPI. A ministra do Meio Ambiente é conselheira honorária do Ipam
Ministra Marina Silva - Agência Brasil/EBC
Se a CPMI do 8 de Janeiro foi instalada apenas com a missão infame de indiciar Bolsonaro, e a do MST serviu somente para expor o grupo invasor de propriedades, outra comissão parlamentar de inquérito deve cumprir com louvor a missão de desmascarar as ações de entidades que tentam internacionalizar a Amazônia e usurpar suas riquezas.
Nesta terça-feira (17), a CPI das ONGs trouxe à luz informações que envolvem nomes do alto escalão do governo Lula. Segundo dados obtidos pelos membros da comissão, a ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia somente em 2022. Os cálculos contábeis ainda apontam que R$ 24 milhões do total foram investidos em viagens para Alemanha e Noruega, além de contratos com consultorias.
Ministra Marina Silva é conselheira da ONG
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De acordo com o site oficial da entidade, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia é “uma organização científica, não governamental, apartidária e sem fins lucrativos que desde 1995 trabalha pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia.” Marina Silva, a atual ministra do Meio Ambiente de Lula, ocupa um cargo especial, como conselheira honorária.
Entre os objetivos descritos pela ONG, destaque para a missão de consolidar, um “modelo de desenvolvimento tropical da Amazônia e do Cerrado, por meio da produção de conhecimento, implementação de iniciativas locais e influência em políticas públicas”.
Citação na CPI das ONGs
Além da revelação apresentada nesta terça-feira, o nome de Marina Silva já havia sido citado em depoimentos anteriores na CPI. Sem citar detalhes, o relator da comissão, Márcio Bittar (União-AC) afirmou que a relação de Marina Silva e de outros membros do governo Lula entre as ONGs é “promíscua”.
Crise na Amazônia
A informação apurada pela CPI das ONGs chega em um momento que coloca em xeque a atuação de Marina Silva no comando do Ministério do Meio Ambiente. Há quase 15 dias, o estado do Amazonas foi tomado por focos de incêndio. Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), até segunda-feira (16), mais de 16 mil pontos de queimadas foram detectados pelos satélites nos últimos meses. Os dados superam em quase 100% os números de 2022.
Além de culpar a gestão de Jair Bolsonaro pelos problemas na Amazônia, Marina Silva disse que os responsáveis pelas queimadas foram fazendeiros e criadores de gado da região.
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