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O 'tabu' do Ocidente sobre a explosão de Nord Stream

O jornalista Seymour Hersh vem denunciando há meses responsabilidade do governo Biden e da CIA sobre autoria do atentado que, segundo ele, visava atingir a Alemanha e não a Rússia


Crédito da imagem: Reprodução


A explosão dos gasodutos russos Nord Stream (que realizavam o fornecimento de gás da Rússia para a Alemanha e diversos países europeus), em setembro de 2022, tornou-se um mistério aparentemente insolúvel para a imprensa ocidental em geral. No entanto, para o jornalista investigativo norte-americano Seymour Hersh, este fato já não é um mistério há alguns meses.


Segundo Hersh, o atentado que cortou o fornecimento da Rússia para o ocidente, causando um terrível agravamento de uma crise energética na Alemanha e em outros países da região europeia, foi encomendado por Joe Biden à CIA, e tinha como propósito central fazer com que a Alemanha voltasse seus recursos para a aquisição de gás americano, vindo assim, não apenas a elevar os lucros ianques na venda do GNL (Gás Natural Liquefeito), mas também forçar o país europeu a cumprir as sanções impostas pelos EUA e aliados contra Moscou, mediante a invasão do território ucraniano por parte dos russos.


Com base em "fontes anônimas" que Hersh alega terem "conhecimento direto do planejamento operacional", o jornalista afirma que a ordem para a sabotagem foi inicialmente ordenada semanas antes do início da invasão russa em fevereiro de 2022 a agentes que americanos que acreditavam que o objetivo da operação era justamente dissuadir os russos quanto ao ataque no país vizinho. Entretanto, embora tudo estivesse pronto para a realização da operação em maio, o plano foi temporariamente cancelado em curto prazo por Biden, ficando a cargo da equipe apenas a instalação dos explosivos nos gasodutos para que posteriormente viessem a ser detonados; fato que veio ocorrer apenas no final do mês de setembro do mesmo ano.


Embora as primeiras denúncias tenham sido realizadas desde o dia 8 de fevereiro de 2023, no blog https://seymourhersh.substack.com/, pelo jornalista que é ganhador do Prêmio Pulitzer de Reportagem Internacional e especializado em geopolítica, atividades dos serviços secretos e assuntos militares dos Estados Unidos, a informação gerou forte negativa por parte do porta-voz da Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, que descartou o relatório, classificando-o como uma "história completamente falsa", sendo seguido de uma quase completa indiferença por parte da imprensa americana e mundial a respeito das denúncias.


Para Hersh, "A ideia de que um presidente dos EUA em exercício destruiria deliberadamente uma fonte vital de energia e de um aliado próximo tem sido, como diria Freud, um tabu".

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