O que esperar da economia brasileira em 2024?
- Instituto Democracia e Liberdade
- 5 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Presidente do Banco Central do Brasil tem perspectivas positivas em contraste com análise de economistas que temem excesso de gastos dentro e fora do orçamento federal para o ano
Crédito da imagem: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
Com o início de 2024, muitas questões são levantadas quanto ao que se pode esperar da economia nacional para o novo ano, e até o momento, as opiniões são divididas entre olhares mais otimistas que esperam colher os louros do que foi plantado pelos dois últimos governos (Temer e Bolsonaro), em contraste com o receio gerado em boa parte dos analistas quanto às arriscadas políticas econômicas adotadas pelo atual governo petista.
Como exemplo do primeiro caso, temos o otimismo do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Recentemente o executivo declarou que embora a taxa de juros no Brasil seja alta, seu objetivo é trabalhar para que ela caia o máximo possível até o final de sua gestão à frente da principal instituição financeira do país, ao fim de 2024. Para ele as perspectivas econômicas são positivas, e bem melhores do que as previsões até o momento, que em sua visão "têm errado muito".
Segundo Campos Neto, o PIB (Produto Interno Bruto) do país deverá encerrar o novo ano com resultados acima dos projetados pelo próprio Banco Central, que está em 1,7%, e que mediante a última semana de 2023 com a aprovação de medidas arrecadatórias importantes, ele acredita que o país entra o ano em um "ritmo melhor".
No entanto, o presidente do Banco Central parece desconhecer ou mesmo ter esquecido que as tais "medidas arrecadatórias", que podem ser traduzidas por "mais impostos", representam enfraquecimento da economia e maior peso sobre o setor produtivo do país.
Além disso, há ainda o fato de que a política econômica intervencionista e fomentadora de inchaço da máquina pública como a do Governo Lula, é a fórmula da derrocada de qualquer sistema econômico, modelo aliás que já foi testado e infelizmente comprovado como desastroso nos últimos três governos petistas anteriores, e o próprio Campos Neto sofreu na pele as pressões do atual governo quanto a essas questões, sendo ele mesmo alvo de críticas ferrenhas por parte do presidente Lula quando o assunto é taxa de juros (medida adotada em combate a um elevado número inflacionário) e a independência do Banco Central.
De fato, desenhar uma previsão exata da economia brasileira para os próximos doze meses não é uma tarefa fácil, há um cenário assustadoramente imprevisível adiante, seja dentro ou fora do país. Entretanto, as escolhas feitas pelo governo até o momento são claras: apenas dentro do orçamento federal (R$ 5,4 trilhões), que por si já corresponde a 48,1% do PIB, entre emendas e fundo eleitoral, contabiliza-se um valor igual à soma de 55% dos órgãos federais, e quase a metade desse orçamento é formado por dívidas que apenas crescem a olhos vistos.
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