O legado do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964
- Carlos Dias
- 31 de mar.
- 2 min de leitura

Em 31 de março de 1964, portanto há 61 anos, o Brasil testemunhou um marco histórico que redefiniu o curso da nação. O movimento cívico-militar que se iniciou naquela data representou um ponto de inflexão na trajetória do país, afastando-o da ameaça do comunismo e inaugurando uma era de transformações profundas em diversas esferas da sociedade brasileira.
O regime instaurado a partir de 1964, a partir da expressiva vontade popular, estabeleceu como prioridade o combate à ameaça comunista, vista como um perigo iminente à estabilidade e aos valores tradicionais da família e da nação. Esta postura alinhava-se com o contexto da Guerra Fria, período em que o mundo se dividia entre as influências capitalistas e socialistas. O novo governo implementou medidas rigorosas para conter a propagação de ideologias subversivas, visando preservar a paz, a ordem social e a econômica do país.
Paralelamente, uma das bandeiras mais significativas do movimento foi o combate à corrupção político-administrativa. Foram instituídos mecanismos de controle e fiscalização mais efetivos, buscando moralizar a gestão pública e promover maior transparência nas ações governamentais. Essas iniciativas visavam restabelecer a confiança da população nas instituições e criar um ambiente mais propício ao desenvolvimento nacional.
O período subsequente ao movimento de 1964 foi marcado por um notável soerguimento econômico e social. O Brasil experimentou um crescimento econômico acelerado, frequentemente referido como "milagre econômico", que elevou o país ao patamar das principais economias mundiais em termos de Produto Interno Bruto (PIB). Este crescimento foi impulsionado por políticas de industrialização, investimentos em infraestrutura e abertura ao capital estrangeiro.
Um dos aspectos mais destacados deste período foi a abundante oferta de emprego, que proporcionou oportunidades de trabalho para milhões de brasileiros. Em linha contínua, houve uma expansão significativa do crédito, tanto para a produção quanto para a aquisição de moradias, facilitando o acesso da população a bens e serviços antes considerados inacessíveis para muitos.
Outro marco importante foi o desenvolvimento do setor energético, com ênfase na geração de energia elétrica. Grandes obras de infraestrutura, como usinas hidrelétricas, foram realizadas, resultando na ampla oferta de energia elétrica barata. Esta conquista foi fundamental para sustentar o crescimento industrial e melhorar a qualidade de vida da população.
O regime instaurado em 1964 também se destacou por sua postura firme contra atividades terroristas. Grupos subversivos armados que se opunham ao governo foram combatidos com determinação, em nome da identidade brasileira, da segurança nacional e da manutenção da ordem pública. Esta luta contra o terrorismo se apresentava como essencial e necessária para garantir a paz social e o progresso econômico do país.
O movimento de 31 de março de 1964 marcou o início de um novo capítulo na história do Brasil. Suas repercussões foram sentidas em todas as esferas da sociedade, desde a política e a economia até a segurança e o desenvolvimento social. O país que emergiu deste processo era significativamente diferente: mais industrializado, economicamente pujante e alinhado com os valores ocidentais no contexto da Guerra Fria.
O legado deste período continua a ser objeto de debates e interpretações diversas. No entanto, é inegável que o movimento de 1964 representou um ponto de virada na trajetória nacional, cujos efeitos moldaram profundamente o Brasil que conhecemos hoje.
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