Novo primeiro-ministro do Canadá confronta Trump sobre anexação
- Núcleo de Notícias
- 15 de mar.
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Mark Carney rejeita possibilidade de o país se tornar o 51º estado dos EUA

O novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou na sexta-feira (14) que o país “nunca, em hipótese alguma, fará parte dos Estados Unidos”, rebatendo declarações recentes do presidente Donald Trump sobre uma possível anexação da nação vizinha.
Trump voltou a sugerir na quinta-feira que “o Canadá só funciona como um estado”, justificando a imposição de tarifas sobre o país e alegando que os EUA gastam US$ 200 bilhões por ano para subsidiar Ottawa.
Ao discursar em frente ao Rideau Hall, sede oficial do governo canadense, após sua posse, Carney rejeitou a ideia e enfatizou as diferenças entre as duas nações. “Os Estados Unidos não são o Canadá”, disse, ressaltando que a identidade e a economia canadenses tornam a proposta de Trump inviável.
O premiê também defendeu a necessidade de fortalecer a economia e buscar novos parceiros comerciais, argumentando que Trump só respeitará o Canadá se ele tiver alternativas. Em resposta às tarifas americanas de 25% sobre importações canadenses, o governo de Ottawa aplicou medidas retaliatórias com a mesma alíquota sobre dezenas de bilhões de dólares em produtos dos EUA.
“Não fomos nós que começamos essa disputa comercial, mas o Canadá nunca foge de um confronto”, declarou Carney, prometendo manter as tarifas até que “os americanos nos tratem com respeito”.
Carney assumiu a liderança do Partido Liberal após a renúncia de Justin Trudeau, que deixou o cargo em janeiro em meio a queda de popularidade causada pela inflação, crise habitacional e dificuldades econômicas.
Além da polêmica com o Canadá, Trump também já manifestou interesse em anexar Groenlândia, território dinamarquês no Ártico, e retomar o controle do Canal do Panamá.
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