Com mais de 14 mil obras inacabadas, PAC deve promover retorno das empreiteiras
OAS
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detalhou como 17 obras do Novo PAC (Plano de Aceleração ao Crescimento) serão geridas em sua gestão, com investimentos previstos de R$ 23 bilhões nas pastas de Educação, Saúde, Infraestrutura e Esportes. A menção do nome PAC, contudo, chega com recomendações de cautela. Isso porque o Tribunal de Contas da União informou que ainda existem 14 mil projetos inacabados das gestões anteriores de Lula e Dilma.
Entre os projetos anunciados por Lula, chama a atenção o intuito de aplicar R$ 2 bi na pavimentação de estradas na Região Norte. A intenção, segundo o governo, é ligar os estados do Amapá e Roraima às fronteiras internacionais de Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela. De acordo com a Casa Civil, R$ 500 milhões já seriam investidos em 2024 - um chamado para o retorno ao trabalho das grandes empreiteiras.
"Rota das Guianas" e logística
O Ministério do Planejamento justificou a realização do empreendimento como “facilitador da logística”. Segundo a pasta comandada por Simone Tebet, as estradas devem “ampliar o comércio e o escoamento de commodities e mercadorias” na chamada “Rota das Guianas”. A consolidação do projeto, segundo o Palácio do Planalto, aconteceu na recente viagem de Lula ao Caribe.
Veja quais seriam os trechos a serem pavimentados pelo Novo PAC:
BR-156 (Amapá) - Pavimentação de 110 km que ligam Macapá à Guiana Francesa.
BR-174 (Amapá e Roraima) - Liga os estados do Amazonas e de Roraima a Guiana e Suriname.
BR-432 (Roraima). Substituição de 16 pontes.
BR-401 (Roraima). Pavimentação do trecho entre Guiana e Venezuela.
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