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Nova presidente da Petrobras defende a exploração da "combatida" Foz do Amazonas

Magda Chambriard afirma que Foz será "essencial" para a produção petrolífera em meio ao esgotameto de Campos e Santos



A sucessora de Jean Paul Prates no comando da Petrobras, Magda Chambriard, é defensora da exploração de petróleo na Foz do Amazonas - prática já condenada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 


Formada em Engenharia Civil e pós-graduada em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Chambriard tem em seu currículo 22 anos de serviço à estatal petrolífera, além de ter comandado a ANP (Agência Nacional de Petróleo) no governo Dilma Rousseff (PT).


Indicada pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, a nova presidente da Petrobras já se mostrou defensora de perfurar a Margem Equatorial, onde está a Foz do rio Amazonas, região geográfica que encontra forte resistência entre os ambientalistas.


No ano passado, Magda Chambriard disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a exploração da Foz do Amazonas seria “essencial” para a produção de petróleo nacional. Ela justificou a iniciativa, citando um iminente esgotamento das bacias de Campos e de Santos.


“A gente não pode desistir da Margem Equatorial. Nesse ponto, meu foco é a Foz do Amazonas, pelo tipo de geologia, pelo afastamento da costa, pelas águas profundas e pelo talude mais espesso. Indo para o Pará-Maranhão, que muitos defendem e que é possível que tenha alguma coisa boa lá, já é encontrado parcel”, declarou Chambriard.


A negativa do Ibama para a Foz do Amazonas


Em agosto de 2023, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) indeferiu um pedido da Petrobras para a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. A negativa, segundo a entidade, foi justificada pela variedade de ecossistemas “pouco conhecidos na região”.


“Não são decisões políticas. Nesse caso da foz, não foi a primeira vez que se deu esse posicionamento. Em 2018, tinha havido uma negativa. Agora, os técnicos do Ibama que ficam no Rio de Janeiro tiveram o mesmo entendimento”, declarou Marina Silva, logo após à negativa do Ibama à Petrobras.

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