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Nova meta fiscal revela "fraqueza controlada" de Haddad na Fazenda

Nervosismo demonstrou que ministro não tem respostas para cumprir a meta fiscal, e que Lula dará a última palavra para a economia

Haddad x Lula: queda de braço ensaiada - Agência Brasil/EBC


Ao contrário de Paulo Guedes - um dos primeiros a serem confirmados na equipe de Bolsonaro, antes mesmo das eleições de 2019 - o nome de Fernando Haddad como ministro da Fazenda foi mantido em sigilo mesmo depois de Lula voltar ao poder em sua terceira presidência.


A palavra “sigilo”, entretanto, pode ser substituída facilmente por indecisão. Durante a campanha eleitoral de 2022, o então candidato petista ao Planalto se mostrou hesitante quanto à escolha de seu “homem forte” para a pasta de Economia. Com mais de dez meses no comando da pasta, entretanto, já ficou claro que a função principal de Haddad é basicamente ratificar os planos de Lula para o país.


Meta fiscal à base de mais arrecadação


A prova cabal da “fragilidade” de Fernando Haddad apareceu durante a coletiva de imprensa desta semana, quando o ministro da Fazenda aumentou o tom contra jornalistas e ficou sem explicar como atingiria a meta fiscal, depois que seu patrão desconsiderou déficit zero para 2024.


A palavra de ordem, segundo a cartilha de Lula, é não falar em números. Apesar da falta de tecnicismo, não é segredo que o presidente aguarda com ansiedade uma série de medidas que irão ampliar os métodos de arrecadação. Entre eles, o da reforma tributária.


Segundo fontes junto ao governo, a expectativa é de que Haddad apresente uma proposta de meta fiscal vinculada à aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 , entre 0,25% e 0,50% do PIB. Para que o objetivo seja atingido, vale destacar, serão necessários R$ 168 bilhões em receitas extras.


A possível má notícia para Haddad e cia, é de que a tendência arrecadatória tem sido negativa - antes mesmo dos próximos impostos entrarem na vida do brasileiro. Em 24 de outubro, a Receita Federal revelou que as arrecadações com tributos federais caíram pela 4ª vez consecutiva em 2023, com perdas causadas, principalmente, pelo menor faturamento das empresas.

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