Noites brancas para a humanidade
- Instituto Democracia e Liberdade
- 18 de out. de 2023
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O mundo acordou em um dia que jamais será esquecido pelos que ainda se guiam segundo os mais básicos princípios da civilização. Acordamos assistindo seres humanos massacrados por hordas de assassinos de uma organização terrorista, agindo em nome de uma causa que não se pode ter como religiosa ou como justa demanda por liberdade e independência.
Esses terroristas assassinaram indiscriminadamente e com requintes de crueldade selvagem, centenas de cidadãos israelenses, notadamente crianças, mulheres e idosos, em um país ainda adormecido no seu dia mais festivo.
Em novembro de 1978, quase mil fiéis de uma seita em Jonestown, na Guiana, se suicidaram sob o comando de um fanático esclarecido, que em se aproveitando da imaturidade de alguns e da miséria intelectual de outros, nos deixa antever algo muito parecido como um suicídio da humanidade, como vistos em alguns cenários na realidade de hoje.
Estas cenas terríveis se assemelham à “Noite Branca”, como ficou conhecida o infame evento de fanatismo, ocasionado pela manipulação psicoemocional, que nos alertou para a possibilidade episódios análogos em larga escala.
O escritor e dissidente russo Alexander Soljenítsin, deixou em seu livro mais conhecido "Arquipélago Gulag” (1973), as seguintes indagações: como surgiu essa raça de lobos em meio do nosso povo? É a nossa raiz? É do nosso sangue?
Em um universo reduzido caso do Brasil, e no macro universo da comunicação abrangido pela poderosa arma de manipulação da informação, representada pela grande imprensa, hoje dominada e prestando serviços a interesses inconfessáveis, podemos considerar que a evolução da desorganização da civilização ocidental, e a primazia da falta de princípios se assim podemos dizer, retrata à sombria realidade surreal, ou a distopia em que vivemos no momento,
Vimos surgir no Brasil um homem, com poder de distorcer o contido em uma Constituição aprovada pelos representantes do povo, e exercer um poder incontrolável, comparável ao tido por Lavrenti Pavlovitch Béria, que se tornou um dos homens mais temidos da extinta União Soviética.
Para atender os anseios de poder do líder da época, um psicopata chamado Joseph Stalin, o Ministro Béria liderou ações e medidas sem possibilidade de contestação, o famigerado organismo de segurança interna e de espionagem o NKVD (Comissariado Popular de Assuntos Internos), especializado em “Inquéritos do Fim do Mundo”.
Nesses inquéritos arranjados os inimigos segundo a “consciência” de Béria, eram presos, torturados e privados do convívio de familiares e amigos, ao arrepio da lei e da vontade do povo, conforme previsto nas leis relacionadas.
No reinado de terror implementado na era do psicopata Stalin, e a pretexto de defender o Estado Democrático de Direito da época, Béria o homem mais poderoso do país, chegou a aprisionar 495 mil pseudos inimigos da democracia, e enviá-los para os campos de prisioneiros ou Gulags da Sibéria, o que superou em muito o recorde de 1700 brasileiros aprisionados aleatoriamente e privados das suas liberdades, sem acusação formal pelo seu colega brasileiro.
É sabido que quaisquer dos valores civilizatórios vigentes na época da implementação de regime bolchevique na Rússia nos anos de 1917, foram desprezados e a mentira, a traição aos resistentes e a cooptação por vantagens dadas pelo poder central, criou uma situação onde imperou o desprezo pelos valores fundamentais característicos de pessoas civilizadas, sepultando sem nenhum pudor os direitos mais sagrados do homem, como a liberdade de ir e vir, de trabalhar para si, ter sua propriedade e de expressar livremente seus descontentamentos sob os desmandos de governantes.
Isto tido como introdução ao atual estado de coisas, e dos comportamentos observados nas duas últimas gerações, manipuladas e doutrinadas para a anarquia e para a libertinagem, em desfavor da maioria oprimida ou ameaçada na sua liberdade, por grupos esquerdistas e pseudo progressistas, que ascenderam ao poder de forma contestável pelos métodos, ou por pela falta de confiabilidade nos resultados impostos a todos os demais integrantes da sociedade.
Vemos técnicas de amedrontamento de integrantes da política, soma-se a partilha dos recursos do país, tal qual em uma partilha de um botim, calando as opiniões e limitando a reação do povo, contramedidas que contrariam valores universais e limitam as liberdades, premissas pétreas tidas no ordenamento jurídico.
Meias verdades e narrativas norteiam o ambiente de ensino em todos os níveis, e progressivamente, vemos a doutrinação cegar levas de jovens em universidades, os quais sodomizam o saber acadêmico e a cultura em suas mais nobres expressões, atacando os contrários aos seus pensamentos utópicos, onde tudo é provido a todos pelo Estado, que nada produz, de tudo se apropria em desfavor de quem produz, e irracionalmente se destina a falir o país, com imenso prejuízo coletivo.
Manifestações de repúdio ao assassinato massivo de crianças, jovens e adultos indefesos, com alto requinte de crueldade e de comportamento animalesco de sabidos terroristas e opressores do povo palestina da Faixa de Gaza, se mostraram apenas como mera e cínica formalidade diplomática.
Vergonhosamente pode-se observar incontinente, a Organização das Nações Unidas se reunir em sessão urgente, buscando a condenação internacional do Estado de Israel, o qual age em defesa factual própria e preventiva a novos eventos similares, exercitando o seu mais legítimo direito de revidar, e se defender da selvajaria de uma organização terrorista, abrigada por diversos países árabes, com simpatizantes na imprensa internacional e nas ruas de vários países tidos como civilizados, entre eles para nossa vergonha, o Brasil e autoridades do atual governo.
O momento exige sim, que a Organização das Nações Unidas, manifeste o pleno e irrestrito repúdio da comunidade internacional ao ato da organização terrorista HAMAS, possibilitando que cesse a caçada aos assassinos dentro da área urbana da cidade obstando o sacrifícios e sofrimentos a mais de dois milhões de inocentes residentes na Faixa de Gaza, onde covardemente os terroristas assassinos se refugiam por detrás de um condenável escudo humano representado por civis indefesos.
O que parece mais correto para preservação da paz entre as nações e a defesa dos habitantes da Faixa de Gaza, é uma postura forte da ONU, exigindo dos países que apoiam a organização terrorista Hamas, a pronta intervenção para uma imediata devolução de todos os reféns, que sabidamente foram capturados com vida, e que padecem em cárceres privados na Faixa de Gaza.
O repúdio internacional e a eliminação de quaisquer resquícios de resistência, ou continuidade desta organização terrorista, pode em futuro imediato proporcionar uma oportunidade de novos passos na direção da libertação do povo palestino, da ditadura imposta pelos terroristas fundamentalistas desde 2008, o que contraria todos os seus direitos humanos, incluídos os de cunho político e religioso, e afrontando o direito de existência de Israel, um país reconhecido como a única democracia no oriente médio.
Só assim e com a boa vontade do Estado judeu e com o consenso internacional em conjunto com legítimos representantes do povo palestino, poderia ser organizado um Estado Palestino reconhecido por Israel e pelas demais nações, mesmo se sabendo das dificuldades de renúncia por parte de Israel de territórios sob seu domínio, para reorganizar uma área geograficamente contínua e com Capital na faixa de Gaza, ou nos territórios da Cisjordânia já ocupados pelo legítimo representante do povo palestino.
Contudo, nenhuma sombra recairá sobre os assassinos, e nenhum refúgio os resguardará, da justiça a ser feita pelo longo braço de Israel.
AM ISRAEL CHAI!
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