Nem bife, nem picanha: Associação lamenta saída das carnes da cesta básica
- Instituto Democracia e Liberdade
- 10 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Medida deve encarecer carnes e dificultar acesso dos mais pobres ao produto, aponta Abrafrigo

Em meio à campanha para retornar à cena, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou ao apresentador William Bonner em 2022: “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”.
Mais de 1 ano e meio já se passou desde a fase de promessas, e a sonhada picanha já virou abóbora - e até pescoço e pé de frango que, segundo o mandatário, “são carnes que o povo come no dia-a-dia”.
A nova política defendida por Lula - que defende a taxação para “carnes nobres” como a picanha - foi rebatida pela Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos).
Por meio de nota, o novo sistema de tributação para as carnes incluído no projeto de lei complementar (PLP) 68 - que visa a unificação dos impostos da reforma tributária - fará os preços do produto subirem bastante para o consumidor final.
Isso porque, de acordo com o texto de regulamentação da reforma, a almejada “picanha com gordurinha” e demais cortes não estarão entre os isentos de imposto da cesta básica.
“É absolutamente normal que o sistema tributário classifique os produtos de acordo com o grau de essencialidade que possuem, sendo que as carnes constituem alimentos essenciais para uma alimentação nutritiva e saudável, devendo receber tratamento diferenciado e favorecido, como já ocorre atualmente, o que não configura benefício ou privilégio para um segmento econômico, mas tão somente uma política de segurança alimentar”, aponta a nota da Abrafrigo.
O manifesto feito pela entidade ainda expõe que a medida limitará o acesso dos mais carentes aos alimentos à base de proteína.
“Mesmo a instituição de um sistema de devolução parcial do IBS e da CBS (denominado cashback) não terá alcance suficiente para atender a todas as classes de baixa renda, que correspondem a cerca de 74% da população brasileira”, reiterou a Abrafrigo.
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