Médico de Bolsonaro alerta para complexidade do caso e não descarta novas cirurgias
- Núcleo de Notícias
- 14 de abr.
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Ex-presidente segue em recuperação após procedimento de 12 horas e deve enfrentar pós-operatório prolongado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por um processo de recuperação delicado após uma cirurgia de 12 horas realizada no domingo (13), motivada por complicações decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. O cirurgião-geral Cláudio Birolini, chefe da equipe médica responsável pela operação, declarou nesta segunda-feira (14) que, embora a intervenção tenha sido feita com o objetivo de ser definitiva, a possibilidade de novas cirurgias não pode ser descartada.
– Eu espero que não. Fizemos a cirurgia com a ideia de que fosse definitiva. No entanto, novas aderências se formarão, isso é inevitável num paciente com abdômen hostil. Por mais que você tente devolver a fisiologia ideal à cavidade abdominal, não é possível afirmar que o problema está definitivamente resolvido – explicou Birolini, em entrevista coletiva.
O médico afirmou que o quadro clínico que levou Bolsonaro ao hospital na última sexta-feira (11) foi o mais grave desde o atentado, destacando a complexidade do procedimento e a extensão das aderências intestinais encontradas. Apesar disso, Birolini disse que o objetivo é permitir que o ex-presidente retome uma vida normal, embora o pós-operatório seja longo e sem previsão de alta ainda nesta semana.
O cardiologista Leandro Echenique, também integrante da equipe médica, reforçou que a cirurgia foi extremamente complexa, mas bem-sucedida. Ele afirmou que Bolsonaro está consciente e já demonstrou bom humor após o procedimento.
– Tinha muita aderência, mas o resultado foi excelente. Não houve complicações, e todas as medidas preventivas estão sendo tomadas. Ele está acordado e já fez uma piada – relatou Echenique.
Quanto às visitas, Birolini informou que estão autorizadas, mas foi solicitado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro que as restrinja ao máximo, para preservar o repouso necessário à recuperação.
Bolsonaro começou a sentir-se mal durante um evento do Partido Liberal no Rio Grande do Norte, sendo inicialmente atendido em Santa Cruz e, depois, transferido para o Hospital Rio Grande, em Natal. Posteriormente, foi levado ao DF Star, em Brasília, onde foi submetido à cirurgia.
A situação de saúde do líder conservador continua sendo acompanhada com cautela, considerando seu histórico de cirurgias e as sequelas duradouras provocadas pelo ataque de 2018.
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