Para os setores de serviços, agro, indústria e comércio, Lula não quer saber de diálogo e só pensa em mais impostos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre neste momento a mais forte onda de rejeição desde seu retorno ao poder em 2023. Sem contar a volta dos protestos populares, como o ocorrido no último domingo (9) na avenida Paulista, em São Paulo, o setor produtivo nacional reagiu à mais recente medida provisória que tem como fim, na visão de seus dirigentes, somente o viés de arrecadar mais impostos, sem medir consequências e os efeitos negativos na economia.
Em comunicado emitido contra a medida provisória que restringe a compensação de créditos do PIS/Cofins, entidades de diversos setores lamentam a falta de diálogo e as eventuais consequências desastrosas da MP. Assinam a carta aberta à gestão petista CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNT (Confederação Nacional do Transporte.
“Os setores da economia nacional aqui representados foram duramente atingidos por mais uma medida que revela a falta de diálogo por parte do governo com aqueles que produzem e geram emprego no País”, reportam as organizações.
"Não há, por parte do governo, uma preocupação mínima em adotar medidas que reduzam as despesas. A consequência é a diminuição da competitividade dos produtos brasileiros, além de ameaçar a saúde financeira das empresas, os empregos, os investimentos, aumentar a insegurança jurídica e causar reflexos prejudiciais na inflação do País”, conclui a nota.
Haddad diz que créditos voltarão às empresas, "ainda que limitados"
Segundo o governo federal, a MP 1227/2024 foi baixada com o objetivo de compensar a perda de arrecadação gerada pela desoneração na folha de pagamento de 17 setores econômicos, com a possibilidade de arrecadar em torno de R$ 29 bilhões. Em resposta às críticas, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) garantiu que os créditos voltarão às empresas contribuintes, embora com maior limitação.
Para não perder sua validade, a “MP do Fim do Mundo”, como tem sido apelidado por seus críticos, precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional em 4 meses.
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