Pressões econômicas na China afetam mercado e derrubam preços da commodity
Os contratos futuros de minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) caíram pela sexta sessão consecutiva nesta sexta-feira (6), acumulando sua pior sequência desde 2022. A fraqueza dos indicadores econômicos da China, maior consumidora global de aço, continua a abalar as expectativas de demanda.
O contrato mais negociado para janeiro fechou o dia em queda de 1,9%, a 671,5 iuanes (94,72 dólares) por tonelada. Com isso, a commodity acumulou uma perda de 11,24% ao longo da semana, configurando a maior retração semanal em quase dois anos.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato para outubro também apresentou declínio, com queda de 0,74%, sendo negociado a 90,35 dólares por tonelada.
A desaceleração econômica da China impacta fortemente o setor imobiliário, responsável por grande parte da demanda por aço no país. O ritmo de crescimento dos preços de imóveis desacelerou em agosto, refletindo as dificuldades contínuas do setor, o que reforça a pressão sobre o minério de ferro.
Paralelamente, o índice da indústria siderúrgica chinesa registrou queda pelo terceiro mês consecutivo, sinalizando que o mercado de aço enfrenta desafios contínuos.
Diante desse cenário, a Associação de Ferro e Aço da China orientou as siderúrgicas a evitar a retomada rápida da produção, mesmo com uma possível recuperação na demanda prevista para setembro e outubro.
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