ifood rebateu críticas e disse estar disposto a negociar para adequar à nova regulação
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Depois de anunciar os detalhes do projeto de lei que prevê a tributação e regulamentação da categoria de motoristas por aplicativos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a atacar o setor. Desta vez, o alvo foi o serviço de entregas mais popular do país, o iFood.
Marinho disse que as tentativas de influenciar o governo Lula para que a categoria fuja da regulamentação têm sido “inúteis” e que o iFood atualmente “explora” seus colaboradores.
“Espero que, a partir desse projeto de lei, inclusive, influencie os demais segmentos para que a gente possa voltar à mesa”, declarou Marinho. “Não adianta o iFood mandar recado. E olha que manda recado, viu, dizendo: ‘Nós queremos conversar’. Nós conversamos um ano inteiro. Mas o fato é que iFood e as demais, Mercado Livre, enfim, diziam que o padrão dessa negociação não cabe no seu modelo de negócio. Porque é um modelo de negócio altamente explorador”, ressaltou o ministro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também disparou contra a empresa, dando respaldo à fala de Marinho.
“Sei que o iFood é da Bahia e não quer negociar. Pois nós vamos encher tanto o saco que eles vão ter que negociar para fazer aquilo que vocês (dos aplicativos de passageiros) fizeram”, atacou.
iFood rebate governo Lula
Em resposta às declarações de Lula e Luiz Marinho, o iFood disse que a companhia sempre esteve disposta a negociar com o governo".
“Diante das afirmações feitas na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira, 4 de março, o iFood esclarece que não é verdadeira a fala do Ministro Luiz Marinho de que a empresa não quer negociar uma proposta digna para entregadores”, afirmou o iFood, por meio de nota à imprensa.
“O iFood participou ativamente do Grupo de Trabalho Tripartite (GT) e negociou um desenho regulatório para os entregadores até o seu encerramento. A última proposta feita pelo próprio Ministro Marinho, com ganhos de R$17 por hora trabalhada, foi integralmente aceita pelo iFood. Depois disso, o governo priorizou a discussão com os motoristas, que encontrava menos divergência na bancada dos trabalhadores”, destacou.
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