Milei questiona Agenda 2030 no G20 e defende capitalismo de livre mercado
- Núcleo de Notícias
- 19 de nov. de 2024
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Presidente argentino critica intervenções estatais e sistemas globais de governança, destacando crises na cooperação internacional

Durante a cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro, o presidente da Argentina, Javier Milei, manifestou reservas quanto a diversos trechos da declaração final vinculados à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um plano global da ONU para "promover prosperidade, proteger o meio ambiente e erradicar a pobreza até 2030".
Embora tenha assinado a declaração geral, Milei se desvinculou dos trechos que considera contrários aos princípios de liberdade econômica e soberania nacional.
Críticas à Agenda 2030
Milei apontou uma série de questões na Agenda 2030 que, segundo ele, violam direitos fundamentais e limitam a liberdade individual, incluindo:
Tentativas de restringir a liberdade de expressão nas redes sociais;
Modelos de governança global que, em sua visão, ferem a soberania nacional;
Tratamentos desiguais perante a lei;
Propostas de combate à fome baseadas em maior intervenção estatal.
“O caminho para erradicar a pobreza e a fome não é a ampliação do papel do Estado, mas sua retirada do cenário econômico”, destacou o comunicado do Gabinete da Presidência.
Milei defendeu a desregulamentação econômica e o livre mercado como soluções efetivas para fomentar a prosperidade, argumentando que o capitalismo de mercado já retirou 90% da população mundial da pobreza extrema e dobrou a expectativa de vida global.
Críticas ao sistema internacional
O governo argentino também questionou a relevância dos órgãos internacionais como o G20, afirmando que, embora tenham sido criados para proteger direitos fundamentais, esses sistemas estão atualmente em crise, distantes de seus objetivos originais.
Adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Apesar de suas críticas, a Argentina decidiu aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante o evento.
Com a entrada do país, a aliança reuniu 148 membros fundadores, incluindo 82 nações, a União Europeia, a União Africana e diversas organizações internacionais e filantrópicas.
Posicionamento pró-mercado e defesa da soberania
A postura de Milei no G20 reforça sua plataforma econômica de livre mercado e sua visão crítica sobre intervenções estatais e estruturas globais de governança. Ao rejeitar partes da Agenda 2030, o presidente argentino sinaliza uma política voltada à soberania nacional e à desestatização como caminhos para enfrentar os desafios socioeconômicos.
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