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Milei demite chanceler após decisão controversa de apoiar Cuba na ONU

Diana Mondino votou a favor de Cuba e não é mais ministra das Relações Exteriores da Argentina



O presidente da Argentina, Javier Milei, afastou a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, após o voto favorável do país a uma resolução da ONU que condena o embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. A decisão de Milei, anunciada na quarta-feira (30), reflete seu compromisso em manter uma política externa fortemente alinhada com Washington e Tel Aviv.


O substituto de Mondino é Gerardo Werthein, empresário e antigo embaixador da Argentina nos Estados Unidos. Sua nomeação foi confirmada pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, que também compartilhou a notícia nas redes sociais. A nomeação ocorre em meio a uma grande repercussão no país, especialmente após Milei retuitar a deputada Sabrina Ajmechet, que comemorou o novo posicionamento: “Orgulhosa de um governo que não apoia ditaduras! Viva Cuba Livre”.


A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 187 votos a favor e apenas dois contrários (Estados Unidos e Israel), uma resolução simbólica contra as sanções que há seis décadas penalizam Cuba. Historicamente, a Argentina apoiava essa medida. Contudo, o voto recente, contrário às promessas anti-esquerdistas de Milei, causou surpresa e críticas. Observadores apontam que a decisão de apoiar Cuba sinaliza tensões entre setores do governo de Milei, especialmente dado seu discurso enfático contra regimes autoritários de esquerda.


A nomeação de Werthein pode ser vista como um passo para consolidar as diretrizes de Milei, que visam posicionar a Argentina como um aliado dos Estados Unidos e Israel. Werthein, que atuou como presidente do Comitê Olímpico Argentino e membro do Comitê Olímpico Internacional, é veterano na diplomacia e próximo ao presidente. Analistas acreditam que ele terá um papel crucial para reorientar a política externa argentina em sintonia com o posicionamento ideológico de Milei e suas promessas de campanha.


A troca de ministros ocorre em um momento em que a Argentina define suas prioridades internacionais, enfatizando laços com aliados conservadores e reforçando a ruptura com alinhamentos de longa data.

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