Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio
- Núcleo de Notícias
- 6 de dez. de 2024
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Após 25 anos de negociações, blocos anunciam pacto que abrange 750 milhões de consumidores

O Mercosul e a União Europeia (UE) finalmente concretizaram um aguardado acordo de livre comércio, encerrando 25 anos de negociações intermitentes. O anúncio histórico foi feito nesta sexta-feira (6), durante a cúpula do Mercosul no Uruguai, com a presença dos presidentes dos países membros do bloco sul-americano e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Um pacto de benefício mútuo
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, descreveu o acordo como um marco de cooperação global. “Este é um acordo ganha-ganha, que trará benefícios significativos para consumidores e empresas de ambos os lados. Estamos focados na justiça e no benefício mútuo”, afirmou durante o evento.
Do lado do Mercosul, o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou ressaltou os desafios internos enfrentados para viabilizar o consenso dentro do bloco. “No Mercosul não temos todos a mesma ideologia (…) Nossa responsabilidade foi tirar o que nos desune e focar no virtuoso: união e acordo”, declarou.
Detalhes preliminares do acordo
Embora os termos exatos ainda não tenham sido divulgados, o pacto deve abranger um mercado de 750 milhões de pessoas e promover a eliminação ou redução de tarifas de exportação para 70% a 90% dos produtos do Mercosul destinados à União Europeia.
O processo, iniciado em 1999, enfrentou avanços e retrocessos ao longo das décadas, chegando a um princípio de acordo em 2019. No entanto, as negociações ficaram paralisadas devido à resistência de alguns países europeus, especialmente a França, que se opôs com preocupações ligadas à sustentabilidade ambiental e à competitividade agrícola.
Impactos e desafios futuros
O acordo representa uma oportunidade significativa para impulsionar as economias dos países do Mercosul, ampliando o acesso ao mercado europeu e diversificando exportações. No entanto, a implementação enfrentará desafios, incluindo a adaptação às exigências ambientais e padrões rigorosos da UE.
Para ambas as partes, o pacto sinaliza um avanço estratégico em um cenário global cada vez mais complexo, reforçando os laços econômicos e políticos entre o hemisfério sul e o continente europeu.
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