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Mercados globais entram em colapso com avanço da guerra comercial e temor de recessão

Bolsa brasileira tem pior desempenho do ano, petróleo despenca e dólar dispara em meio à escalada de tensão entre China e EUA



Os mercados financeiros globais registraram um dia de forte turbulência nesta sexta-feira (4), refletindo o aumento das tensões entre Estados Unidos e China. A intensificação da guerra comercial, liderada pelo presidente norte-americano Donald Trump, provocou uma onda de vendas nas bolsas e derrubou drasticamente os preços do petróleo, enquanto o dólar disparou frente ao real.


A principal causa da instabilidade foi a resposta agressiva do governo chinês às novas tarifas impostas por Washington. Pequim anunciou uma sobretaxa de 34% sobre todos os produtos norte-americanos a partir de 10 de abril, além de controles rigorosos na exportação de terras raras — insumos cruciais para indústrias estratégicas, como a de baterias e veículos elétricos.


O impacto da retaliação chinesa foi imediato: o Ibovespa recuou 2,96%, encerrando aos 127.257 pontos, no menor nível desde 14 de março e com a maior queda do ano. O dólar teve alta expressiva de 3,72%, encerrando o pregão a R$ 5,83.


Nos Estados Unidos, os índices também sofreram perdas severas. O S&P 500 despencou 4,88% e o Nasdaq 100 afundou 6,07%, aproximando-se do chamado bear market, quando a queda acumulada ultrapassa 20% desde o último pico.


Os preços do petróleo acompanharam o pessimismo global. O barril do Brent caiu 6,5%, fechando a US$ 65,58, enquanto o WTI recuou 7,4%, sendo negociado a US$ 61,99. Para analistas, os preços podem cair ainda mais. “Provavelmente acabaremos na casa dos US$ 50 no curto prazo para o WTI, de forma muito violenta”, avaliou Scott Shelton, da United ICAP.


A instabilidade nos mercados foi agravada por declarações ambíguas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que alertou para os efeitos econômicos adversos da guerra tarifária. Powell indicou que as novas tarifas devem gerar inflação mais alta e crescimento econômico mais lento, criando um dilema para o banco central: subir juros para conter os preços ou reduzi-los para combater o desemprego.


Enquanto isso, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos caíram para 4,01%, e os mercados monetários passaram a precificar até quatro cortes na taxa de juros ainda este ano.


A escalada da guerra comercial deixa o mundo à beira de uma recessão sincronizada. A tentativa de Donald Trump de pressionar a China por meio de tarifas elevadas resultou em uma resposta vigorosa de Pequim, que ameaça setores da economia ocidental.

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