Secretária de Janet Yellen julga ação como “arbitrária”
O rating de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos foi rebaixado pela Fitch Ratings da classificação “AAA” para “AA+” nesta semana. A reação imediata do mercado foi a baixa dos índices futuros americanos como Dow Jones Futuro, S&P 500 Futuro e Nasdaq 100 Futuro que caíram respectivamente 0,30%, 0,46% e 0,71%, já na última quarta-feira (2).
O rating ou classificação de crédito é um dado utilizado pelos investidores para avaliar o perfil de risco de governos e empresas, sempre que obtêm financiamentos nos mercados de capitais de dívida, e neste caso, a decisão chegou em um momento decisivo para a economia americana que desde o início do ano sofre fortes impasses quanto à ferrenhas negociações políticas sobre a dívida pública americana. Em meio a um caos nas negociações, governo e Congresso dos EUA chegaram ao acordo em que o teto da dívida foi elevado de US$ 31,4 trilhões.
Tanto o governo quanto Wall Street ficaram fortemente insatisfeitos com o rebaixamento da classificação do país, provocando críticas fortes destes players, mesmo em meio ao peso causado por déficits fiscais inchados, que em breve devem gerar impactos significativos nos mercados, na economia e no cenário político às portas de novas eleições presidenciais no próximo ano.
Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, também demonstrou sua insatisfação com o resultado e classificou a nova classificação do país como “arbitrária” e “desatualizada”, segundo ela, a alegação da instituição de que as finanças do país entrarão em deterioração nos próximos três anos por causa de cortes de impostos, iniciativas de gastos, choques econômicos e conflitos políticos, não pode ser sustentada mediante os recentes resultados positivos de que a economia permanece forte, além da suspensão do limite da dívida.
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